SALVE O GRANDE CRUZEIRO DA BAíA.. MEU
PAI..!
Durante muitos anos a linha dos baianos
foi renegada e os trabalhos feitos com ela eram vistos com restrições.
Dizia-se que por não ser uma linha diretamente ligada às principais, era
inexistente, formada por espíritos zombeteiros e mistificadores.
Aos poucos eles foram chegando e tomando
conta do espaço que lhes foi dado pelo astral e que souberam aproveitar
de forma exemplar.
Hoje se tornaram trabalhadores
incansáveis e respeitados, tanto que é cada vez maior o número de
baianos que está assumindo coroas em várias casas. A alegria que essa
gira nos traz é contagiante. Os conselhos dados aos consulentes e
médiuns demonstram uma firmeza de caráter e uma força digna de quem
soube aproveitar as lições recebidas. Actualmente já temos o
conhecimento de que fazem parte de uma sublinha e nessa designação podem
vir utilizando qualquer faixa de trabalho energético, ou seja, podem
receber vibrações de qualquer das sete principais.
Têm ainda um trânsito muito bom pelos
caminhos de exu, podendo trabalhar na esquerda a qualquer momento em que
se torne necessário.
Cientes dessa valiosa capacidade, nós
dirigentes, sempre contamos com eles para um desmanche de demanda ou
mesmo sérios trabalhos em que a magia negra esteja envolvida. Com eles
conseguimos resultados surpreendentes.
Quando se fala na Baía, nossos
pensamentos são imediatamente remetidos para uma terra de
espiritualidade e magia. O povo baiano é sincrético e ecumênico ao
extremo, nada mais natural que sejam escolhidos para essa homenagem de
lei que é como se deve ver a questão. Vale ainda lembrar que nem todos
os baianos que vêm à terra realmente o foram em suas vidas passadas,
esses espiritos agruparam-se por afinidades fluídicas e dentre eles há
múltiplas naturalidades.
O Baiano representa a
força do fragilizado, o que sofreu e aprendeu na "escola da vida" e,
portanto, pode ajudar as pessoas. O reconhecido caráter de bravura e
irreverência do nordestino migrante parece ser responsável pelo fato de
os baianos terem se tornado uma entidade de grande freqüência e
importância nas giras paulistas e de todo o país, nos últimos anos.
Os baianos da Umbanda
são pouco presentes na literatura umbandista. Povo de fácil
relacionamento, comumente aparece em giras de Caboclos e pretos velhos,
sua fala é mais fácil de se entender que a fala dos caboclos.
Conhecem de tudo um
pouco, inclusive a Quimbanda, por isso podem trabalhar tanto na direita
desfazendo feitiços, quanto na esquerda.
Quando se referem aos
Exus usam o termo "Meu Cumpadre", com quem tem grande afinidade e
proximidade, costumam trazer recados do povo da rua, alguns costumam
adentrar na Tronqueira para algum "trabalho". Enfrentam os invasores
(kiumbas, obsessores) de frente, chamando para si toda a carga com falas
do gênero "venha me enfrentar, vamos vê se tu pode comigo". Buscam
sempre o encaminhamento e doutrinação, mas quando o Zombeteiro não
aceita e insiste em perturbar algum médium ou consulente, então o Baiano
se encarrega de "amarrá-lo" para que não mais perturbe ou até o dia que
tenha se redimido e queira realmente ser ajudado. Costumam dizer que se
estão alí "trabalhando" é porque não foram santos em seu tempo na
terra, e também estão alí para passarem um pouco do que sabem e
principalmente aprenderem com o povo da terra.
São amigos e gostam de
conversar e contar causos, mas também sabem dar broncas quando vêem
alguma coisa errada.
Nas giras eles se
apresentam com forte traço regionalista, principalmente em seu modo de
falar cantado, diferente, eles são “do tipo que não levam desaforo pra
casa”, possuem uma capacidade de ouvir e aconselhar, conversando
bastante, falando baixo e mansamente, são carinhosos e passam segurança
ao consulente que tem fé.
Os Baianos na Umbanda
são “doutrinados”, se assim podemos dizer, apresentando um comportamento
comedido, não xingam, nem provocam ninguém.
Os trabalhos com a
corrente dos Baianos, trazem muita paz, passando perseverança, para
vencermos as dificuldades de nossa jornada terrena.
A Entidade pode vir na
linha de Baianos e não ser necessariamente da Bahia, da mesma forma que
na linha das crianças nem todas as entidades são realmente crianças.
Os Baianos são das mais
humanas entidades dentro do terreiro, por falar e sentir a maioria dos
sentimentos dos seus consulentes. Talvez por sua forma fervorosa de se
apresentar em seus trabalhados no terreiro, aparentem ser uma das
entidades, mais fortes ou dotadas de grande energia (e na verdade são),
mas na umbanda não existe o mais forte ou fraco são todos iguais, só a
forma do trabalho é que muda.
Adoram trabalhar com
outras entidades como Erês, Caboclos, Marinheiros, Exus, etc.
São grande admiradores
da disciplina e organização dos trabalhos.
São consoladores por
natureza e adoram dar a disciplina de forma brusca e direta diferente de
qualquer entidade.
É mt bom saber mais sobre as entidades e o trabalho correto da Umbanda.. Parabéns e obrigada
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