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sábado, 24 de julho de 2010

AS 3 ORDENS DE ESPÍRITOS NA UMBANDA


A Doutrina Umbandista nos ensina que há três ordens de espíritos: espíritos puros; espíritos bons e espíritos imperfeitos.

·         Primeira Ordem – Os espíritos puros são aqueles que já alcançaram à perfeição (grau de Orixá).

·         Segunda Ordem – Os espíritos bons alcançaram a metade da escala evolutiva e o desejo do bem é a sua preocupação (são os Guias Espirituais, Exus e Pombas Gira militantes na faz de incorporação).

·         Terceira Ordem – Os espíritos imperfeitos, caracterizados pela ignorância, o desejo do mal e todas as más paixões que lhes retardam o progresso (são os quiumbas).

Terceira Ordem – Os espíritos imperfeitos:

Os espíritos da terceira ordem, os imperfeitos (predominância da matéria sobre o espírito), dividem-se em:

·         Espíritos impuros - são inclinados ao mal e fazem dele o objeto de suas preocupações. Como espíritos dão conselhos desleais, fomentam a discórdia, a desconfiança e se mascaram de todas as formas para melhor enganar. Ligam-se aos homens de caráter bastante fraco para cederem às suas sugestões, a fim de prejudicá-los, satisfeitos em poderem retardar o seu progresso e fazê-los sucumbir nas provas por que passam.
·         Espíritos levianos – são ignorantes, maliciosos, inconseqüentes e zombeteiros. Envolvem-se em tudo, respondem a tudo, sem se preocuparem com a verdade. Comprazem-se em causar pequenos desgostos e pequenas alegrias, atormentando, induzindo maliciosamente ao erro por meio de mistificações e travessuras. Sua linguagem durante as comunicações é algumas vezes espiritual e engraçada, mas quase sempre sem conteúdo.

·         Espíritos pseudo/sábios – seus conhecimentos são bastante amplos, mas crêem saber mais do que realmente sabem. Suas comunicações revelam uma mistura de verdades ao lado dos erros mais absurdos, nos quais se percebem a presunção e o orgulho, a inveja e a obstinação das quais não puderam se despir.

·         Espíritos neutros – não são nem muito bons para fazerem o bem, nem muito maus para fazerem o mal, inclinando-se tanto para um como para outro e não se elevam acima da condição vulgar da Humanidade, tanto pela moral como pela inteligência. Apegam-se às coisas deste mundo, cujas alegrias grosseiras não têm mais.

·         Espíritos batedores e perturbadores – estes espíritos não formam, propriamente falando, uma classe distinta pelas suas qualidades pessoais, podendo pertencer a todas as classes da terceira ordem evolutiva. Manifestam freqüentemente sua presença por meio de efeitos sensíveis e físicos, tais como: pancadas, o movimento e o deslocamento anormal dos corpos sólidos, a agitação do ar, etc.

Todos os espíritos podem produzir esses fenômenos, mas os espíritos elevados os deixam em geral como atribuições dos espíritos subalternos, mais aptos às coisas materiais do que as coisas inteligentes.

Dentro da classificação dos espíritos de terceira ordem, os espíritos imperfeitos, encontraremos o que nominamos na Umbanda de quiumba.

O que é quiumba

Existem casos de médiuns desavisados, não doutrinados, ignorantes e não evangelizados, que abrem as portas da sua mediunidade para a atuação de quiumbas, verdadeiros marginais do baixo astral, que tudo farão para ridicularizar não só o médium, como o terreiro, bem como a Umbanda. Em muitas incorporações onde a entidade espiritual ora se faz presente como Guia e hora como Exú, ou é a presença do animismo do médium (arquétipo) ou é a presença de um quiumba. Vamos estudar e entender a atuação dos quiumbas, para uma fácil identificação:



O quiumba nada mais é do que o marginal do baixo astral, e também é considerado um tipo de obsessor. Espíritos endurecidos e maldosos, que fazem o mal pelo simples prazer de fazer, e tudo o que é da luz e o que é do bem querem a todo custo destruir. Esses espíritos, “quiumbas”, vivem onde conhecemos por “Umbral” onde não há ordem de espécie alguma, onde não há governantes e é cada um por si. Muitas vezes são recrutados através de propinas, pelos magos negros para que atuem em algum desafeto.

Na Umbanda existe uma corrente de luz, denominada de Boiadeiros, que são especializados em desobsessão, na caça e captura desses marginais (os quiumbas os temem muito), e os trazem até nós para que através da mediunidade redentora possam ser “tratados”, ou seja, terem seu corpo energético negativo paralisado através da incorporação e serem levados para as cela prisionais das Confrarias de Umbanda, onde serão devidamente esgotados em seus mentais e futuramente se transformarão em um sofredor, e ai sim estarão prontos a serem encaminhados aos Postos de Socorros Espirituais mais avançados, pois já se libertaram através do sofrimento, de toda a maldade adquirida.

O processo que devemos realizar para evitar os nossos irmãos “quiumbas” é o mesmo da obsessão, mas, o processo para “tratá-los” é peculiar a Umbanda e cada caso é analisado particularmente pelos Guias Espirituais que utilizam diversas formas (que conhecemos como arsenal da Umbanda) para desestruturar as manifestações deletérias negativas desses nossos irmãos.

Como identificar um quiumba incorporado

O que infelizmente observamos na mediunidade de muitos é a abertura para a atuação dos verdadeiros quiumbas, se fazendo passar por Exus, Pombas Gira ou mesmo Guias Espirituais, trazendo desgraças na vida do médium e de todos que dele se acercam. Notem bem, que um quiumba, ser trevoso e inteligente, somente atuará na vida de alguém, se esta pessoa for concomitante com ele, em seus atos e em sua vida. Os afins se atraem. O médium disciplinado, doutrinado e evangelizado, jamais será repasto vivo dessas entidades. Lembre-se que o astral superior é sabedor e permite esse tipo de atuação e vibração para que o médium acorde e reavalie seus erros, voltado à linha justa de seu equilíbrio e iniciação.

Como os quiumbas são inteligentes, quando atuam sobre um médium, se fazendo passar por um Exú ou uma Pomba Gira, imediatamente assumem um nome, que jamais será os mesmos dos Exus ou das Pombas Gira de Lei, pois são sabedoras da gravidade do fato, pois quando assumirem um nome exotérico ou cabalístico iniciático de um verdadeiro Exú ou de uma verdadeira Pomba Gira, imediatamente e severamente serão punidos.

Por isso vemos, infelizmente, em muitos médiuns, esses irmãos do baixo astral incorporados, mas é fácil identificá-los. Vamos lá:

·         Pelo modo de se portarem: são levianos, indecorosos, jocosos, pedantes, ignorantes, maledicentes, fofoqueiros e sem classe nenhuma;

·         Quando incorporados: machões, deformados, manquitolas, carrancudos, sem educação, com esgares horrorosos e geralmente olhos esbugalhados. Muitos se portam com total falta de higiene, babando, rosnando, se arrastando pelo chão, comendo carnes cruas, pimentas, ingerindo grandes quantidades de bebidas alcoólicas, fumando feito um desesperado, ameaçando a tudo e a todos. Geralmente (homens) ficam com o peito desnudo (isso quando não tiram à roupa toda); alguns utilizam imensos garfos pretos nas mãos, e mulheres totalmente desnudas.

·         Geralmente, nos ambientes em que predominam a presença de quiumbas, tudo é encenação, fantasia, fofoca, libertinagem, feitiçaria pra tudo, músicas (pontos) ensurdecedoras e desconexas, nos remetendo a estarmos presentes num grande banquete entre marginais e pessoas de moral duvidosa.

·         Nesses ambientes, as consultas são exclusivamente efetuadas para casos amorosos, políticos, empregatícios, malandragem, castigar o vizinho, algum familiar, um ex-amigo, o patrão, etc. Os atendimentos são preferenciais, dando uma grande atenção aos marginais, traficantes, sonegadores, estelionatários, odiosos, invejosos, pedantes, malandros, alcoólatras, drogados, etc., sempre incentivando, e dando guarida a tais indivíduos, procedendo a “fechamento de corpos”, distribuindo “patuás e guias” a fim de protegê-los. Com certeza, neste ambiente estará um quiumba como mentor.

·         Certamente será um quiumba, quando este pedir o nome de algum desafeto para formular alguma feitiçaria para derrubá-lo.





·         Os quiumbas costumam convencer as pessoas de que são portadoras de demandas, magias negras, feitiçarias, olhos gordos, invejas, etc. inexistentes, sempre dando nome aos bois, ou seja, identificando o feitor da magia negra, geralmente um inocente, para que a pessoa fique com raiva ou ódio, e faça um contra feitiço, a fim de pretender atingir o inocente para derrubá-lo. Agindo assim, matam dois coelhos com uma cajadada só: afundam ainda mais o consulente incauto que irá criar uma condição de antipatia pelo pretenso feitor da magia, e pelo inocente que pretendem prejudicar.

·         Os quiumbas invariavelmente exigem rituais disparatados, e uma oferenda atrás da outra, todas regadas a muita carne crua, bebidas alcoólicas, sangue e outros materiais de baixo teor vibratório. Atentem bem, que sempre irão exigir tais oferendas constantemente, a fim de alimentarem suas sórdidas manipulações contra os da Luz, e sempre efetuadas nas ditas encruzilhadas de rua ou de cemitério, morada dos quiumbas.

·         Pelo modo de falarem: impróprio para qualquer ambiente (impropérios); É impressionante como alguém pode se permitir ouvir palavrões horrorosos, a guiza de estarem diante de uma pretensa entidade a trabalho da luz.

·         Pelas vestimentas: são exuberantes, exigentes e sempre pedem dinheiro e jóias aos seus médiuns e consulentes.

·         Os quiumbas incitam a luxúria, incentivam às traições conjugais, as separações matrimonias e geralmente quando incorporados, gostam de terem como cambonos, alguém do sexo oposto do médium, geralmente mais novos e bonitos (imaginem o que advirá disso tudo).

·         Os quiumbas, nos atendimentos, gostam de se esfregarem nas pessoas, geralmente passando as mãos do médium pelo corpo todo do consulente, principalmente nas partes pudentas.

·         Os quiumbas incorporados conseguem convencer algumas consulentes, que devem fazer sexo com ele, a fim de se livrarem de possíveis magias negras que estão atrapalhando sua vida amorosa. E ainda tem gente que cai nessa.

·         Se for uma quiumba, mesmo incorporadas em homens, costumam alterar o modo de se portarem, fazendo com que o homem fique com trejeitos femininos e escrachados, inclusive travestindo-os com roupagens femininas, exuberantes e exóticas, em muito parecendo cortesãs ou mesmo donas de cabarés.

·         Os quiumbas atendem a qualquer tipo de pedido, o que um Guia Espiritual, ou Guardiões de Lei jamais fariam. Ao contrário, eles bem orientariam o consulente ou o seu médium, da gravidade e das conseqüências do seu pedido infeliz.

·         Os quiumbas (e só os quiumbas) adoram realizar trabalhos de amarração, convencendo todos de que tais trabalhos são necessários e que trarão a pessoa amada de volta (ledo engano quem assim pensa). Esquecem-se de que existe uma Lei Maior que a tudo vê e a tudo provê. Se fosse assim tão fácil “amarrar” alguém, certamente não existiriam tantos solteiros por este país afora.

·         Os quiumbas fazem de um tudo para acabar com um casamento, um namoro, uma família, incitando as fofocas, desuniões e magias negras.

·         No caso de quiumbas se passando por um Guia Espiritual ou mesmo por um Guardião, geralmente utilizam de nomes exdrúluxos, indecorosos e horrorosos, remetendo a uma condição inferior.

Segunda Ordem – Bons Espíritos

Características gerais: predominância do espírito sobre a matéria. Desejo do bem. Suas qualidades e seu poder em fazer o bem estão relacionados com o adiantamento que alcançaram, uns tem a ciência, outros a sabedoria e a bondade. Os mais avançados reúnem o saber às qualidades morais.

Compreendem Deus e o infinito e já desfrutam da felicidade dos bons.

A esta ordem pertencem os espíritos designados pelas crenças vulgares sob o nome de gênios bons, gênios protetores e espíritos do bem.

Os bons espíritos classificam-se em quatro grupos principais:

·         Espíritos benevolentes – sua qualidade dominante é a bondade.

·         Espíritos sábios – são os que se distinguem, principalmente, pela extensão dos seus conhecimentos.
·         Espíritos de sabedoria – caracterizam-se pelas qualidades morais da natureza mais elevada.

·         Espíritos superiores – reúnem a ciência, a sabedoria e a bondade. Sua linguagem não revela, senão benevolência, e é constantemente digna, elevada e freqüentemente sublime. Comunicam-se voluntariamente com aqueles que procuram a verdade de boa fé e que têm alma desligada dos laços terrenos.

Distanciam-se daqueles que se animam só de curiosidade ou que a influência da matéria afasta da prática do bem.

Por Espíritos Bons, temos: Caboclos, Pretos Velhos, Crianças, Baianos, Boiadeiros, Marinheiros, Ciganos, Linha do Oriente e Guardiões de Lei.

Primeira Ordem – Espíritos Puros

Caracteres gerais – não sofrem influência da matéria. Superioridade intelectual e moral absoluta em relação aos espíritos de outras ordens.

Primeira classe (classe única) – Percorrem todos os graus da escala e se despojaram de todas as impurezas da matéria. Tendo alcançado a soma de perfeições de que é suscetível a criatura, não têm mais que suportar provas ou expiações. Não estando mais sujeitos à reencarnação (venceram a Roda de Samsara, segundo os Hindus) em corpos perecíveis, é para ele a vida eterna que desfrutam no seio de Deus.

Gozam de inalterável felicidade. São os mensageiros e ministros de Deus, cujas ordens executam para a manutenção da harmonia universal. Comandam a todos os espíritos que lhe são inferiores, ajudam-nos a se aperfeiçoarem e lhes designam as suas missões. Assistir os homens em suas aflições concitá-los ao bem ou à expiação das faltas que os mantêm distanciados da felicidade suprema é, para eles, uma doce ocupação. São designados à vezes sob o nome de Orixás, Anjos, etc.

Os homens podem entrar em comunicação com eles, mas bem presunçoso seria aquele que pretendesse tê-los constantemente às suas ordens.

Trecho extraído do livro: AS HIERARQUIAS ESPIRITUAIS DE TRABALHO NA UMBANDA – FORMAS DE APRESENTAÇÃO E ATUAÇÃO DOS GUIAS ESPIRITUAIS
NA UMBANDA – no prelo

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