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sábado, 27 de novembro de 2010

CABOCLOS e KARDECISTA



Lourenço Braga, um dos pioneiros da Umbanda publicou em 1942 o livro “Umbanda e Magia Branca – Quimbanda Magia Negra”, cujo trecho nós reproduzimos com intenção de dar seqüência ao tema que vem sendo abordado em algumas edições, sobre “kardecismo e Umbanda”. Publicado por Jornal de Umbanda Sagrada em Abril de 2009. Veremos assim que em 1942 Leal de Souza já questionava os mesmos temas que nós hoje em dia. 
Vamos ao texto:

“Trecho de um artigo que publiquei na “A Vanguarda” do dia 11 de março de 1941, em resposta a um outro artigo onde um conforme Kardecista dava a entender que o espírito caboclo ou de africano não podia ser guia nem protetor de médiuns ou de Centros”.

Deus, a Natureza, o Absoluto, enfim co­mo queiram entender, é, como todos sa­bem, sumamente justo, bom miseri­cor­dioso, onipotente, onisciente, etc, etc. Dito isto pergunto agora aos senhores Karde­cistas – qual a condição para um espírito ser guia ou protetor? Todos responderão naturalmente: Ter luz! Pergunto: Qual é a condição para um espírito ter luz? Todos responderão: Ter virtude, isto é, ser sim­ples, bom, carinhoso, humilde, piedoso, etc, e não ter ódio, inveja, orgulho, ciú­me,maldade, vaidade, avareza, etc. Pergunto ainda: Ter virtudes é privilégio da raça branca? Se é privilégio, então che­gamos ao absurdo de admitirmos Deus como sendo injusto por ter criado uma raça privilegiada. Se, porém, não é pri­vilégio das criaturas da raça branca, pois que Deus é sumamente justo, poderão, portanto, as criaturas das outras raças possuir virtudes também e assim, depois de desencarnada, ter luz e ser guia ou protetores de pessoas ou Centros.

É preciso não confundir luz intelectual com luz provinda da evolução espiritual, bem diferente uma da outra!

Digo mais, um espírito reencarna-se numa tribo de caboclos ou de selvagens africanos, como missionário, isto é, para levar àqueles no meio dos quais reen­car­nou, uma certa soma de conhecimentos. Quan­do ele desencarnar é um espírito de luz, porquanto luz bastante já possuía, tanto que reencarnou como missionário e nin­guém poderá dizer que ele não foi africano ou caboclo em sua ultima reencarnação.
Sabem muito bem todos os Kardecistas que os espíritos tomam a forma que querem e assim sendo, nada impede que os espíritos de luz, por afinidade, se agrupem em fa­langes para praticar o bem e tomem a forma de caboclos, africanos, etc, ou para pra­ticar o mal, se forem inferiores, e tomem a forma de bichos e outra qualquer.
Como sabeis a Terra é um planeta de trevas, expiações e sofrimentos e nós que aqui habitamos estamos sujeitos a sofrer as conseqüências do meio, mesmo porque somos imperfeitos, assim sendo, o mal predomina neste planeta e dessa forma no meio ambiente terreno, existem ca­madas fluídicas pesadas, formadas umas pelos nossos pensamentos e outras pelos fluídos dos espíritos sofredores e trevosos.

Justamente para combater o mal e dissipar as camadas densas de fluidos pesados, e mais ainda, para encaminhar os irmãos desencarnados que se acharem mergulhados em trevas ou sofrimento, é que uma grande quantidade de espíritos já evoluídos agruparam-se em falanges, por afinidades, e tomaram as formas hu­mildes de caboclos, africanos e outros ma­is, notando-se que possuem luzes de variadas cores, tais como sejam: roxa, rosa, alaranjada, verde, dourada, pratea­da, amarelas e outras intermediárias, sendo que os chamados espíritos quimbandeiros possuem luz vermelha.

Texto extraído do livro “Umbanda e Magia Branca Quimbanda Magia Negra” de Lourenço Braga -Edições Spiker – 1942.

RITUAL COLETIVO – A UNIDADE UMBANDISTA PRAIA GRANDE-SP 2010

SAIBA COMO CHEGAR AO LOCAL

O RITUAL COLETIVO – A UNIDADE UMBANDISTA SERÁ REALIZADA NO DIA 04 DE DEZEMBRO DE 2010 A PARTIR DAS 22 h NA PRAIA GRANDE-SP NA AREA 08 – ESPAÇO DEMARCADO E RESERVADO PELA PREFEITURA AO LADO DO POSTO (9) NOVE DO BOMBEIRO Av. Castelo Branco esquina com Rua Gilberto Fouad Beck

Esta rua cruza a Av. Presidente Kennedy após passar pelo prédio da Prefeitura/fórum sentido Mongaguá vire a segunda a Esquerda. Você vai verificar que tem um prédio do bombeiro e o heliporto do bombeiro no final Rua Gilberto Fouad Beck a sua esquerda e a praia em frente e praticamente o local.

O RITUAL COLETIVO – A UNIDADE UMBANDISTA
EXPLICAÇÕES SOBRE A ESTRUTURA:

É uma atividade religiosa aberta ao publico em geral gratuitamente. Os irmãos de fé, médiuns e os Dirigentes acompanhados dos seus filhos podem participar livremente. Os simpatizantes terão oportunidade de passar por atendimento.

Para participar da corrente, compareça no local vestido com suas roupas religiosas e traga no seu coração a sua fé, o seu amor, a sua religiosidade e a vontade de praticar a Umbanda com muito carinho e respeito.
Nossa estrutura é simples, mas teremos todas as condições necessárias para realizar nossas atividades.

No local será montado um palco com iluminação e som, para que os Curimbeiros e tabaqueiros de todas as casas presentes possam tocar e contribuir com a realização do Ritual, compartilhando o que cada um tem de melhor.

Estamos reservando um local, onde as pessoas acompanhadas de crianças possam ficar sentadas e, protegido de uma eventual chuva o sereno noturno. E providenciamos ainda, uma casa de apoio. Alugamos uma casa bem próxima ao local para em caso de emergência posamos dar abrigo e atendimento as eventualidades.

Duas tendas serão montadas para que as pessoas possam se trocar. Uma terceira servirá de chapelaria, onde as pessoas poderão guardar seus pertences. Teremos ainda, uma tenda, onde serviremos os lanches, água e refrigerantes as pessoas que tiverem participando do ritual (gratuitamente).

O local onde será realizado o ritual estará cercado, por um isolamento feito por flores e cordas, para impedir a entrada de pessoas que não esteja devidamente vestida. A atividade será em contato com a natureza, ou seja, pisando na areia, olhando para o céu e recebendo o vento e se for de nosso merecimento a chuva também.


EXPLICAÇÕES SOBRE A O RITUAL:
SUA PARTICIPAÇÃO É IMPORTANTE

Apesar das nossas diferenças e praticas ritualística, não podemos negar que temos muitas coisas em comum. Acreditamos que é possível realizar uma corrente de fé e religiosidade, onde cada um contribuirá com um pouco do que tem e sabe, onde formaremos uma UNIDADE UMBANDISTA. Sem que nenhuma das casas os médiuns presentes deixe de ser ou praticar o que sabe e aprendeu em sua caminhada.

Acreditamos que justamente nas diferenças existente esta a nossa força. Nossa união neste RITUAL DA UNIDADE UMBANDISTA servira não só, para que possamos aproveitar esta oportunidade para celebrar a Paz, harmonia e uma convivência, pás para que seja dado um exemplo de religiosidade e respeito aos ensinamentos que as entidades e mentores espirituais nos oferecem nos rituais em nossas casas.

A abertura do ritual esta programada para acontecer as 22 h do dia 04 de Dezembro, quando apresentaremos as casas e suas lideranças. Um pouco antes elas irão se reunir para combinar as particularidades e como será a participação de cada um.

A louvação inicial de abertura dos trabalhos e aos Orixás seguira a seqüência combinada pelos Dirigentes presentes, onde cada um ficara responsável por uma parte.

Os trabalhos comas entidades seguiram também uma ordem pré-estabelecida pelos Dirigentes, mas cada casa poderá realizar seus atendimentos e trabalhos aos filhos e pessoas que os procurarem.

Já no amanhecer do dia, Após os trabalhos com as entidades, antes de finalizar o RITUAL DA UNIDADE UMBANDISTA, cada casa terá tempo para fazer suas consagrações e obrigações, levando seus filhos e assistidos até o mar para o tradicional banho de coroa e limpeza.
Em resumo é o que faremos neste dia.

Caso tenha alguma duvida entrem em contato.
(11) 8323-9056 / 3453-6175 / 5599-4673 / 6645-2630
templo@abratu.com.br

EVANGELHOS APÓCRIFOS - Salmo de Salomão 3ª PARTE - Sobre os justos.


1. Que adianta morrer, alma, e não bendizer o Senhor? Um novo hino entoai a Deus em louvor.

2. Canta, pois despertei ao teu despertar; porque o bom salmo a Deus provém de um bom coração.

3. Em tudo os justos lembram do Senhor, ao confessar e reconhecer os juízos de Deus.

4. O justo que está sob a disciplina do Senhor andará prudentemente; a sua boa vontade em tudo está diante do Senhor.

5. O justo tropeçou e reconheceu o Senhor; prostrou-se e admira o que Deus lhe faz, contempla ao longe de onde vem a sua salvação.

6. A verdade dos justos está junto de Deus seu Salvador, não habita livremente na casa do justo pecado sobre pecado.

7. O justo vela por sua casa em tudo, para afastar a injustiça na sua transgressão.

8. Expia os erros com jejum, e humilha a sua alma; e o Senhor purifica a todo o homem santo e sua casa.

9. O pecador tropeçou e amaldiçoa sua vida, assim como o dia do seu nascimento e as dores de parto da mãe.
10. Adiciona pecados sobre pecados à sua vida; prostrou-se, porque o seu cadáver é mau, e não será ressuscitado.


11. A perdição do pecador é eterna, não será lembrado mesmo que observe os justos.


12. Esta é a parte que cabe aos pecadores para sempre. E os que temem ao Senhor serão
ressuscitados para uma vida eterna, e a vida deles está na luz do Senhor, por isso não morrerá.

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Nós Estamos Aqui: O Pálido Ponto Azul (Legendado)



Não Somos nada perante a grandeza da criação de Deus.
Assistam esse video e espero que ele os mostre que temos que fazer uma raça humana, mais preocupada com o amor, a solidariedade, com o bem ao próximo e que respeite o planeta que nos recebe de bom grado e que o estamos matando.

O Mandamento Esquecido

Seriado Medium - 1ª Temporada - 3º Episódio Um Par de Escolhas

Sinopse:
Allison sonha com um casal cometendo assassinato e suicídio.
Devalos a apresenta para um amigo dele, o detetive Lee Scanlon, cuja morte dos cunhados também foi causada por assassinato e suicídio, e vê uma conexão. Depois de descobrir sobre os métodos de investigação de Allison, Scanlon decide que não quer a ajuda dela. 



Seriado Medium - 1ª Temporada - 2º Episódio Suspeitas e Certezas

Sinopse: 
Allison finalmente recebe uma ligação de seu ex-chefe, o promotor Devalos, que precisa da ajuda dela para selecionar o júri que irá julgar novamente a pena de morte de um assassino e estuprador. Inicialmente, ela está certa de que seu poder irá fazer o bem, mas Allison sofre uma crise de confiança quando ela suspeita que colocou o homem errado no corredor da morte. 


Seriado Medium - 1ª Temporada - 1º Episódio Piloto

Sinopse:
Essa assustadora nova série mostra a vida da médium Allison Dubois, uma mulher que se esforça para criar seus três filhos enquanto tenta lidar com as visões que ela tem de pessoas mortas desde sua infância. Tentando provar para Allison que os sonhos são induzidos pelo estresse, seu marido cientista, Joe, manda as descrições das visões de Allison para diversas delegacias, sem esperar que nada aconteça. Para sua surpresa, um dos sonhos de Allison tem uma grande semelhança com um homicídio no Texas, num caso onde um garoto de 17 anos é acusado de assassinato. O caso coloca Allison contra o capitão Kenneth Push, o cínico chefe dos Texas Ranger, que suspeita das habilidades psíquicas dela. No final da investigação, o capitão Push tem um novo respeito por Allison — e ela toma uma decisão que irá mudar o rumo de sua própria vida. 



domingo, 21 de novembro de 2010

O CULTO CRISTÃO NO LAR



Povoara-se o firmamento de estrelas, dentro da noite prateada de luar,
quando o Senhor, instalado provisoriamente em casa de Pedro, tomou os Sagrados Escritos e, como se quisesse imprimir novo rumo à conversação
que se fizera improdutiva e menos edificante, falou com bondade:

— Simão, que faz o pescador quando se dirige para o mercado com os
frutos de cada dia?

O apóstolo pensou alguns momentos e respondeu, hesitante:

— Mestre, naturalmente, escolhemos os peixes melhores. Ninguém compra os
resíduos da pesca.

Jesus sorriu e perguntou, de novo:

— E o oleiro? que faz para atender à tarefa a que se propõe?

— Certamente, Senhor — redargüiu o pescador, intrigado —, modela o
barro, imprimindo- lhe a forma que deseja.

O Amigo Celeste, de olhar compassivo e fulgurante, insistiu:

— E como procede o carpinteiro para alcançar o trabalho que pretende?

O interlocutor, muito simples, informou sem vacilar:

— Lavrará a madeira, usará a enxó e o serrote, o martelo e o formão. De
outro modo, não aperfeiçoará a peça bruta.

Calou-se Jesus, por alguns instantes, e aduziu:

— Assim, também, é o lar diante do mundo. O berço doméstico é a primeira
escola e o primeiro templo da alma. A casa do homem é a legítima
exportadora de caracteres para a vida comum. Se o negociante seleciona a
mercadoria, se o marceneiro não consegue fazer um barco sem afeiçoar a madeira aos seus propósitos, como esperar uma comunidade segura e tranqüila sem que o lar se aperfeiçoe? A paz do mundo começa sob as telhas a que nos acolhemos. Se não aprendemos a viver em paz, entre quatro paredes, como aguardar a harmonia das nações?

Se nos não habituamos a amar o irmão pais próximo, associado à nossa
luta de cada dia, como respeitar o Eterno Pai que nos parece distante?

Jesus relanceou o olhar pela sala modesta, fez pequeno intervalo e
continuou:

— Pedro, acendamos aqui, em torno de quantos nos procuram a assistência
fraterna, uma claridade nova. A mesa de tua casa é o lar de teu pão.
Nela, recebes do Senhor o alimento para cada dia. Por que não instalar, ao redor dela, a sementeira da felicidade e da paz na conversação e no pensamento? O Pai, que nos dá o trigo para o celeiro, através do solo, envia-nos a luz através do Céu. Se a claridade é a expansão dos raios que a constituem, a fartura começa no grão. Em razão disso, o Evangelho
não foi iniciado sobre a multidão, mas, sim, no singelo domicílio dos
pastores e dos animais.

Simão Pedro fitou no Mestre os olhos humildes e lúcidos e, como não
encontrasse palavras adequadas para explicar-se, murmurou, tímido:

— Mestre, seja feito como desejas.

Então Jesus, convidando os familiares do apóstolo à palestra edificante e à meditação elevada, desenrolou os escritos da sabedoria e abriu, na
Terra, o primeiro culto cristão no lar.

(Jesus no Lar – Francisco Cândido Xavier – Pelo Espírito Neio Lúcio)

“Sempre que se ora num Lar, prepara-se a melhoria do ambiente doméstico.
Cada prece do coração constitui emissão electromagnética de relativo poder. Por isso mesmo, o culto familiar do Evangelho não é tão só um curso de iluminação interior, mas também processo avançado de defesa exterior, pela claridade espiritual que acende à volta. O homem que ora traz consigo inalienável couraça. O Lar que cultiva a prece transforma-se em fortaleza, compreenderam?” (Os Mensageiros, Cap. 37 – FEB- l944)


Fonte: www.umbanda.com.br

O Culto do Evangelho no Lar Umbandista



A PRÁTICA DO EVANGELHO NO LAR

Um Momento de harmonização familiar,
que torna nosso lar um verdadeiro foco de luz e amor.

“E disse-lhes: Ide por todo o mundo
e pregai o Evangelho a toda a criatura”. (Marc. 16:15).

O Evangelho do Lar é uma reunião fraterna dos componentes do lar, visando
transformar o lar terreno num ninho de amor, concórdia, colaboração e perdão entre os integrantes da família. Podemos assim, transformar, aos poucos, a nossa casa material num aconchegante ponto de refazimento de energias espirituais. É uma prática universalista, mas devido ao estudo do Evangelho, cria-se uma sintonia maior com a egrégora cristão. Desde as primeiras horas do dia devemos nos preparar, guardando o coração sereno e o ambiente devidamente preparado com fé e amor em nossas relações.

No lar que se habitua a realizar o culto ou prática do Evangelho, os benfeitores
espirituais, pouco a pouco, vão construindo cortinas de proteção fluídica, estendendo uma espécie de “pára-raios”, ou seja, uma barreira energética que protege nosso lar de ataques, amortece as vibrações negativas negativas que nossos desafetos desejam lançar contra nós, dissolvem miasmas deletérios que se acumulam por causa das formas-pensamentos deixadas por nós, pelas pessoas encarnadas e desencarnadas que adentram nosso lar.

A prática do Evangelho no lar favorece, em nosso ambiente doméstico ou profissional, a entrada de luzes espirituais, que muitas vezes são bloqueadas por causa do ambiente energeticamente poluído por contágio com pensamentos e sentimentos inferiores que por ali circulam no dia-a-dia. Pessoas reclamadoras, invejosas, ciumentas e negativas costumam influenciar fortemente os ambientes, propiciando o acúmulo de formaspensamentos inferiores em consonância com os pensamentos e sentimentos desequilibrados. Esse ambiente pesa mais ainda quando perturbado por pensamentos
pessimistas e distantes do amor, constantemente estimulados através de noticias infelizes de crimes, de erotismo e de pessimismo, frequentemente veiculadas por meios de comunicação como rádio, televisão e jornal, ou por pessoas encarnadas e desencarnadas que se comprazem em falar sobre o mal e pensar em coisas negativas.

Durante a prática do Evangelho no lar é feita uma “faxina” no campo espiritual de nossa casa. Nossos benfeitores aproveitam esses momentos para fazerem a retirada de espíritos infelizes que porventura estejam “convivendo” conosco em nosso lar, encaminhando-os para locais no espaço onde eles serão elucidados e levados a melhorarem a si mesmos, em busca da própria felicidade.

Este culto é um poderoso instrumento de apoio moral para todas as pessoas que desejam realizar a sua reforma pessoal interior e ajuda-nos, imensamente, a superar problemas de relacionamento pessoal, seja no seio da família ou na sociedade de uma forma geral.
É comum, logo que iniciamos esse trabalho, sentirmos certa dificuldade, imposta por nossa falta de costume e aumentada por nossos inimigos espirituais que não desejam nossa melhora e crescimento espiritual. Mas no lar, onde é acesa a chama do “Evangelho no Lar”, sentem-se imediatamente os seus benefícios, tão logo sejam superadas as dificuldades iniciais e se adquira e estabeleça esse hábito salutar.

Objetivos principais

Estudar e praticar com nossas atitudes, o Evangelho de Jesus, protegendo nosso
lar contra influencias espirituais negativas, ao mesmo tempo em que favorecemos o trabalho dos espíritos protetores que atuam em nosso beneficio.
Com o culto, dissolvemos, através de preces e de pensamentos positivos, as formaspensamentos negativas, permitindo assim que a luz dos benfeitores espirituais encontrem fácil acesso nos lares e nos corações. Pelo momento de compreensão e união que ele oferece, proporciona uma vivência mais tranqüila, fazendo florescer a paz no lar, além de auxiliar as pessoas necessitadas através da prece e das vibrações espirituais.

Como realizar

Escolha um dia e hora da semana em que se possa contar com a presença dos
familiares. Quando não for possível, realize o culto com aqueles que estiverempresentes ou até mesmo sozinho. Uma vez por semana, os familiares que aceitarempraticar o culto por livre e espontânea vontade, devem se reunir no dia e horário prédeterminado.

Pode-se escolher um dos presentes para dirigir a reunião, podendoser feito um rodízio, caso desejarem.

Coloque sobre a mesa uma vela branca acesa e um recipiente com água para ser
fluidificada. Se houver necessidade, como em caso de enfermidade, colocar águaem recipiente separado para essa pessoa.

Faça uma breve leitura preparatória, em voz alta, de alguma mensagem espiritualista.

Inspirado na leitura preparatória abra a reunião com uma prece simples e espontânea,dirigida a Deus, que poderá ser preferida pelo dirigente da reunião ou por qualquer participante. Leia um pequeno trecho do Evangelho Segundo o Espiritismo e comente o trecho lido, com palavras simples e compreensíveis, buscando sempre a aplicação dos ensinamentos de Jesus na conduta pessoal e na vida diária, podendo qualquerdos presentes participar dos comentários, com objetividade e clareza, evitando-sedebates, discussões acaloradas e polêmicas.

Realize, em seguida, uma prece, pedindo e mentalizando com muita fé pela paz da
humanidade e pela fraternidade entre os homens, sem distinção de crenças ou
condições sociais. Também vibre por todos os que estão presentes na reunião, etc.

Para encerrar, faça uma prece de encerramento de forma simples e espontânea.

Pronto! Para manter a harmonia no lar durante toda a semana, basta agir de acordocom os ensinamentos.

sábado, 20 de novembro de 2010

HISTÓRIA: O MESTRE-SALA DOS MARES


Há muito tempo nas águas da Guanabara
O dragão do mar reapareceu
Na figura de um bravo marinheiro
A quem a história não esqueceu
Conhecido como o almirante negro
Tinha a dignidade de um mestre sala
(Parte da letra original do samba O Mestre-Sala dos Mares, de Aldir Blanc e João Bosco. As palavras sublinhadas foram censuradas e substituídas por "feiticeiro" e "navegante",  para não fazerem menção à marinha. )
Em 1910, a marinha brasileira estava passando por um amplo programa de reequipamento. Por ocasião da sua conclusão, a esquadra brasileira se tornaria uma das mais poderosas do mundo. No decorrer daquele ano, estaleiros inglêses entregaram dois poderosos encouraçados, o São Paulo e o Minas Geraes, armados cada um com 12 canhões de 305 mm, ambos dentro do conceito recém-introduzido no navio britânico HMS Dreadnought,  que mudou a aparência dos navios de guerra, a ponto de ser estabelecido como um marco: navios dreadnought ou pré-dreadnought! 
O Minas Geraes: com seus 12 canhões de 305 mm, era, juntamente com o São Paulo, um dos encouraçados mais poderosos do mundo em 1910.

Para receber estas poderosas belonaves, foram enviadas à Inglaterra duas tripulações completas. Lá, estes homens, oficiais e marinheiros, receberam treinamento para operarem os novos navios. Entre esses marinheiros, se encontrava o gaúcho João Candido Felisberto.
Nascido em 24 de junho de 1880 numa fazenda próxima ao vilarejo de Dom Feliciano, distrito de Encruzilhada (hoje Encruzilhada do Sul), João Candido era filho de ex-escravos. Aos 13 anos, foi matriculado na Companhia de Artífices Militares e Menores Aprendizes de Porto Alegre, por indicação do capitão-de-fragata Alexandrino de Alencar. Dali, por suas boas recomendações, foi alistado na Marinha do Brasil em janeiro de 1895, sendo declarado grumete em dezembro do mesmo ano, aos 14 anos.
Em 1910, João Candido já era um timoneiro experiente e muito bem conceituado entre seus chefes e um líder para seus colegas marinheiros.
A Marinha do Brasil, apesar da atualização tecnológica, não seguia a mesma política no tratamento do seu pessoal e ainda adotava um modelo já superado pela marinha britânica e por outras marinhas, onde a disciplina era mantida com emprego de castigos físicos.
O uso da chibata (uma espécie de chicote curto) na aplicação de castigos fora oficialmente abolido pelo decreto número 3, de 16 de novembro de 1889, assinado pelo presidente Deodoro da Fonseca imediatamente após a proclamação da república.
Mesmo assim, o regulamento da marinha previa açoites com chibatas nos marinheiros faltosos. Como grande parte do efetivo era proveniente de famílias de ex-escravos, isto não causava tanta estranheza.
Porém, a viagem à Inglaterra e o contato com seus colegas ingleses, que haviam feito movimentos rebeldes em 1903 e 1906, pelo fim dos castigos físicos, abriu as mentes dos marinheiros brasileiros, que tiveram então consciência de sua verdadeira situação. E foi também lá que souberam do levante ocorrido na Rússia, a bordo do encouraçado Potemkin, em 1905.
Desta forma, durante a viagem de translado para o Brasil, já havia uma conspiração em andamento, e João Candido era o principal articulador.
João Candido (D), o "Almirante Negro", por volta de 1910. Esta foto é apresentada em alguns locais como se tivesse sido batida durante a leitura do ultimato dos rebeldes da Revolta da Chibata, mas o papel nas mãos de Candido parece impresso em uma tipografia e ser bem mais extenso.

De volta ao Brasil, João Candido conseguiu levar as reivindicações dos marinheiros até ao presidente Nilo Peçanha, com a presença do Ministro da Marinha, ninguém menos que seu benfeitor, o agora almirante Alexandrino de Alencar. Alencar também fora protagonista de uma revolução, a chamada Revolta da Armada, em 1893, quando os oficiais fizeram um movimento contra o então presidente, Mal. Floriano Peixoto.
Porém, deste encontro nada resultou de concreto, pois em 15 de novembro de 1910, Nilo Peçanha passou o governo ao Mal. Hermes da Fonseca, que vencera as eleições contra Ruy Barbosa, e era situacionista e conservador.
O poder do voto era reservado para as classes mais bem estabelecidas, e a massa dos mais pobres ficava de fora. A república daquela época era apenas uma extensão do império, onde a nobreza remanescente dele formava, juntamente com a burguesia emergente, uma casta dominante.
Com o novo presidente e um novo ministro, as reivindicações e promessas foram esquecidas e tudo continuou imutável. Em vista deste insucesso, os conspiradores marcaram para o dia 25 de novembro um levante geral dos marinheiros.
Porém, houve um fato que acabou precipitando as coisas e mudando os planos: em 21 de novembro, a bordo do encouraçado Minas Geraes, o marinheiro Marcelino Rodrigues de Menezes foi denunciado por um cabo por ter trazido cachaça para bordo, e em represália, o agrediu com uma navalha, ferindo-o. Por isto, foi sentenciado a receber 250 chibatadas (no próprio regulamento, o previsto para faltas graves eram 25!). Durante o castigo, em presença da tropa formada e ao som de tambores, Marcelino perdeu os sentidos, mas nem assim o açoite foi interrompido. A indignação causada por este excesso fez com que o movimento fosse antecipado para o dia seguinte.
Na noite do dia 22,  na baía da Guanabara, os marinheiros tomaram o comando do Minas Geraes, enquanto o comandante Batista das Neves jantava como convidado a bordo do cruzador francês Duguay-Trouin, ancorado no porto. Ao regressar ao seu navio, foi agredido pelos revoltosos, e morto a tiros e coronhadas. Destino igual tiveram outros cinco oficiais. O tenente Álvaro Alberto, mesmo ferido a baioneta, conseguiu escapar num bote e remar até ao encouraçado S. Paulo, onde avisou os oficiais do navio, que escaparam para terra.
O movimento se espalhou e os quatro navios principais, que concentravam o poderio da frota, ficaram nas mãos dos revoltosos.
Na manhã do dia 23, o marinheiro Francisco Dias Martins, que tinha mais jeito com a escrita, redigiu uma carta-ultimato por ordem de João Candido.  O documento resumia as reivindicações dos revoltosos: o fim dos castigos corporais, melhora na qualidade da comida, e anistia aos revoltosos. E prosseguia dando um prazo de 12 horas para sua aceitação, caso contrário, bombardeariam a cidade do Rio de Janeiro, capital federal, com seus canhões.
As duas primeiras exigências pareciam bem justas e fáceis de serem cumpridas. Porém, quanto à anistia, havia o fato de que o motim é o pior crime militar, e o comando naval dificilmente aceitaria esta condição.
E aí originou-se uma divergência, pois embora congressistas fossem favoráveis às concessões e à anistia, os chefes militares não queriam abrir mão das punições. Entretanto, os revoltosos tinham em mãos o poder real representado pelos canhões das belonaves mais poderosas da esquadra. A população acompanhava pelos jornais a queda de braço entre marujos e o governo e diversas pessoas abandonaram a cidade com suas famílias, buscando abrigo nas cidades serranas, temerosos pelo bombardeio prometido. Outras se juntaram no alto dos morros, para assistir às ações da esquadra.
A imprensa deu grande cobertura durante toda a revolta, e nas notícias destacavam a figura de João Candido, a quem chamavam “o almirante negro”, já que se encontrava de fato no comando da esquadra rebelada.
Os navios tomados pelos amotinados içaram bandeiras vermelhas e, quando dois contratorpedeiros tentaram uma ação ofensiva para torpedea-los, foram rechaçados a tiros. Disparos foram efetuados também contra o Arsenal da Marinha, na Ilha das Cobras, e contra o palácio do Catete, sede do governo federal.
Na mesma manhã, contudo, o deputado federal e capitão de mar-e-guerra José Carlos de Carvalho esteve a bordo dos encouraçados S. Paulo e Minas Geraes, iniciando as negociações.
Além desses dois navios, também o encouraçado Deodoro e o cruzador Bahia e mais quatro navios menores haviam aderido à revolta, totalizando mais de dois mil homens em armas.
A bancada da oposição, liderada por Ruy Barbosa, se mostrava favorável às reivindicações dos revoltosos e, em 26 de novembro, o presidente Hermes da Fonseca, aceitando a escolha do congresso, optou pela concessão das exigências feitas pelos amotinados, inclusive sua anistia. Em vista disso, os rebeldes depuseram as armas e entregaram os navios.
Porém, dois dias depois, o governo aprovou um decreto que permitia a demissão sumária de qualquer integrante subalterno da marinha. Em função deste decreto, diversos marinheiros foram excluídos “ a bem da disciplina”.
Em 4 de dezembro, 4 dos principais envolvidos na rebelião, inclusive João Candido, foram presos e levados para a Fortaleza de S.José, na Ilha das Cobras, acusados de conspiração. Os protestos dos políticos da oposição foram inúteis.  Em função destas prisões, um novo movimento rebelde foi iniciado no mesmo dia, na própria fortaleza onde os amotinados estavam presos.
Mas, desta vez, a rebelião foi reprimida com extrema energia  pela Marinha, que atacou os rebeldes com os canhões da esquadra, e consta que, apesar de uma bandeira branca levantada pelos integrantes da fortaleza, o bombardeio continuou até que, de aproximadamente seiscentos homens, só restassem pouco mais de cem.
O governo decretou estado de sítio, invocando a segurança nacional e os sobreviventes foram presos nas celas da fortaleza, que não comportavam tantas pessoas. Segundo seu próprio testemunho, na véspera do natal, João Candido e mais dezessete prisioneiros foram transferidos para a cela de número 5, um buraco escavado na rocha, que acabara de ser desinfetada com cal virgem. A porta de madeira espessa tinha apenas uma estreita abertura como respiradouro. Até hoje não se sabe por qual motivo, a chave da cela não ficou com o carcereiro, mas com o comandante do Batalhão Naval, Capitão-de-Fragata Marques da Rocha, que foi passar a noite de natal no Clube Naval. Desta forma, nem o carcereiro pode socorre-los, enquanto os homens iam morrendo um a um, sufocados pelo cal. No dia seguinte, quando finalmente a porta foi aberta, só João Candido e o fuzileiro naval João Avelino ainda estavam vivos. Marques da Rocha foi absolvido no conselho de guerra instaurado para apurar o ocorrido, e mais tarde, promovido a capitão de mar-e-guerra.
Tardia homenagem: estátua de João Candido na Praça XV, no Rio de Janeiro, inaugurada em 2007. Em Porto Alegre, uma homenagem planejada foi cancelada a pedido da marinha. (Foto: Wikipédia)

Os 105 sobreviventes da revolta da Ilha das Cobras foram condenados a trabalhos forçados nos seringais do Amazonas e embarcados no navio Satélite. Os líderes da Revolta da Chibata  escaparam desta sinistra viagem, provavelmente por haver muito interesse dos políticos da oposição e da imprensa no destino que seria dado a eles. Durante a viagem, alguns prisioneiros que tinham uma marca vermelha ao lado do seu nome numa listagem em poder do comandante do navio foram fuzilados e seus corpos jogados ao mar.
João Candido, apesar de "anistiado" pela revolta da chibata, foi expulso da marinha e preso sob as acusações de conspiração e de cooperação com os revoltosos da Ilha das Cobras.  Os traumas e maus tratos sofridos na prisão o haviam deixado mentalmente perturbado e ele contraíra tuberculose. Em abril de 1911, foi internado no Hospital dos Alienados, como louco e indigente. Alguns meses depois, voltou para a prisão, para aguardar o julgamento dele e de outros dois acusados. A Irmandade de Nossa Senhora do Rosário, que prestava assistência aos negros, contratou advogados para representa-los. O julgamento dele e dos outros acusados durou dois dias até que, na madrugada do dia primeiro de dezembro de 1912, todos foram absolvidos das acusações. Apesar disso, nunca foram reintegrados à marinha.
Abandonado e estigmatizado, mesmo assim conseguiu se recuperar  mental e fisicamente,  tentou trabalhar na marinha mercante, mas estava marcado como "elemento perigoso" e não foi aceito. Acabou  virando pescador, mas teve problemas com o alcoolismo.
Até sua morte, em 1969, podia ser visto como um anônimo vendedor de peixe nas “pedras pisadas do cais” da Praça XV, no Rio de Janeiro.
Em 1975, Aldir Blanc e João Bosco compuseram a música “ O Mestre-Sala dos Mares”, em homenagem à João Candido. Entretanto, na época o país estava sob o regime militar e a letra foi censurada, teve que ser alterada e os termos que faziam referência à marinha foram substituídos. Como se vê, a história não o esqueceu. Nem a marinha... 

Nota: Em 23/07/2008, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva  sancionou a anistia póstuma a João Candido Felisberto, conforme os termos propostos em 2002 pela senadora Marina Silva, o que abre caminho para um processo de reintegração póstuma na Marinha do Brasil.
 

Dia Nacional Consciência Negra - Salve Zumbi dos Palmares

Zumbi dos Palmares, cuja morte, em 20 de novembro de 1695, motiva a celebração, amanhã, em todo o país, do Dia da Consciência Negra, foi um dos líderes do Quilombo dos Palmares, o mais conhecido núcleo de resistência negra à escravidão no país.
Segundo cronologia publicada na página da Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Seppir), órgão ligado à Presidência da República, Palmares surgiu a partir da reunião de negros fugidos da escravidão nos engenhos de açúcar da Zona da Mata nordestina, em torno do ano de 1600. Eles se estabeleceram na Serra da Barriga, onde hoje é o município de União dos Palmares (AL). Ali, devido às condições de díficil acesso, puderam organizar-se em uma comunidade que, estima-se, chegou a reunir mais de 30 mil pessoas
Muitos dos quilombolas eram índios e brancos pobres, como conta texto na página da internet da Fundação Joaquim Nabuco, outro órgão federal, com sede em Recife. Nabuco foi expoente do movimento abolicionista. "A vida de Zumbi, o rei do Quilombo dos Palmares, é pouco conhecida e envolta em mitos e discussões", alerta o texto - vários dos trechos abaixo, portanto, são objeto de polêmicas entre os historiadores.
Ao longo do século 17, Palmares resistiu a investidas militares dos portugueses e de holandeses - que dominaram parte do Nordeste de 1630 a 1654. Segundo o historiador Pedro Paulo Funari, no artigo "A República de Palmares e a Arqueologia da Serra da Barriga", em 1644, um ataque holandês vitimou 100 pessoas e aprisionou 31, de um total de 6 mil que viviam no quilombo.
Funari também afirma que o quilombo (termo derivado de língua da região de Angola) era chamado pelos portugueses de República dos Palmares, nos documentos da época, e termos como mocambo foram posteriormente utilizados no sentido pejorativo. O quilombo era composto por várias aldeias, de nomes africanos, como Aqualtene, Dombrabanga, Zumbi e Andalaquituche, indígenas, como Subupira, ou Tabocas, e portugueses, como Amaro. A capital era Macacos, termo de origem incerta (pode ser português ou corrutela do banto macoco).
Zumbi nasceu livre, em Palmares, provavelmente em 1655, e, segundo historiadores, seria descendente do povo imbamgala ou jaga, de Angola. Ainda na infância, durante uma das tentativas de destruição do quilombo, ele foi raptado por soldados portugueses e teria sido dado ao padre Antonio Melo, de Porto Calvo (hoje, em Alagoas), que o batizou de Francisco e ensinou-lhe português e latim. Aos dez anos tornou-o seu coroinha.
Com 15 anos, Francisco foge, retorna a Palmares e adota o nome de Zumbi - termo de significado incerto. O nome de Zumbi apareceu pela primeira vez em 1673, em relatos portugueses sobre a expedição chefiada por Jácome Bezerra, que foi desbaratada pelos quilombolas.
Aos 20 anos, Zumbi destacou-se na luta contra os militares comandados pelo português Manuel Lopes. Nesses combates, chegou a ser ferido com um tiro na perna.
Em 1678, o governador de Pernambuco, Pedro de Almeida, propõe a Palmares anistia e liberdade a todos os quilombolas. Segundo o historiador Edison Carneiro, autor do livro "O Quilombo dos Palmares", ao longo dos quase 100 anos de resistência dos palmarinos, foram inúmeras as ofertas como essa.
Ganga Zumba (possivelmente um título - nganga significa sacerdote, e nzumbi "possui conotações militares e religiosas", segundo Funari), então líder de Palmares, concorda com a trégua, enquanto Zumbi é contra, por argumentar que o acordo favoreceria a continuidade do regime de escravidão praticado nos engenhos. Zumbi vence a disputa, é aclamado líder pelos que discordavam do acordo e, aos 25 anos, torna-se líder do quilombo.
Ao longo da vida, Zumbi teria tido pelo menos cinco filhos. Uma das versões diz que ele teria se casado com uma branca, chamada Maria. Ao longo de seu reinado, Zumbi passou a comandar a resistência aos constantes ataques portugueses.
Em 1692, o bandeirante paulista Domingo Jorge Velho, uma espécie de mercenário da época, comandou um ataque a Palmares e teve suas tropas arrasadas. O quilombo foi sitiado e só capitulou em 6 de fevereiro de 1694, quando os portugueses invadem o principal núcleo de resistência, a Aldeia do Macaco.
Ferido, Zumbi foge. Baleado, ele teria caído de um desfiladeiro, o que deu origem à história de que teira se suicidado para evitar a prisão. Resistiu na mata por mais de um ano, atacando aldeias portuguesas. Em 20 de novembro do ano seguinte, depois de ser traído por um antigo companheiro, Antonio Soares, Zumbi é localizado pelas tropas portuguesas.
Preso, Zumbi é morto, esquartejado, e sua cabeça é levada a Olinda para ser exposta publicamente. Entre outros objetivos, o de acabar com os boatos que corriam entre os negros escravizados do litoral de que o líder quilombola era imortal.
Spensy Pimentel

Zumbi dos Palmares

Zumbi, símbolo da resistência negraZumbi, símbolo da resistência negra
Vinte de novembro é o Dia Nacional da Consciência Negra. A data - transformada em Dia Nacional da Consciência Negra pelo Movimento Negro Unificado em 1978 - não foi escolhida ao acaso, e sim como homenagem a Zumbi, líder máximo do Quilombo de Palmares e símbolo da resistência negra, assassinado em 20 de novembro de 1695.
O Quilombo dos Palmares foi fundado no ano de 1597, por cerca de 40 escravos foragidos de um engenho situado em terras pernambucanas. Em pouco tempo, a organização dos fundadores fez com que o quilombo se tornasse uma verdadeira cidade. Os negros que escapavam da lida e dos ferros não pensavam duas vezes: o destino era o tal quilombo cheio de palmeiras.
Com a chegada de mais e mais pessoas, inclusive índios e brancos foragidos, formaram-se os mocambos, que funcionavam como vilas. O mocambo do macaco, localizado na Serra da Barriga, era a sede administrativa do povo quilombola. Um negro chamado Ganga Zumba foi o primeiro rei do Quilombo dos Palmares.
Alguns anos após a sua fundação,o Quilombo dos Palmares foi invadido por uma expedição bandeirante. Muitos habitantes, inclusive crianças, foram degolados. Um recém-nascido foi levado pelos invasores e entregue como presente a Antônio Melo, um padre da vila de Recife.
O menino, batizado pelo padre com o nome de Francisco, foi criado e educado pelo religioso, que lhe ensinou a ler e escrever, além de lhe dar noções de latim, e o iniciar no estudo da Bíblia. Aos 12 anos o menino era coroinha. Entretanto, a população local não aprovava a atitude do pároco, que criava o negrinho como filho, e não como servo.
Apesar do carinho que sentia pelo seu pai adotivo, Francisco não se conformava em ser tratado de forma diferente por causa de sua cor. E sofria muito vendo seus irmãos de raça sendo humilhados e mortos nos engenhos e praças públicas. Por isso, quando completou 15 anos, o franzino Francisco fugiu e foi em busca do seu lugar de origem, o Quilombo dos Palmares.
Após caminhar cerca de 132 quilômetros, o garoto chegou à Serra da Barriga. Como era de costume nos quilombos, recebeu uma família e um novo nome. Agora, Francisco era Zumbi. Com os conhecimentos repassados pelo padre, Zumbi logo superou seus irmãos em inteligência e coragem. Aos 17 anos tornou-se general de armas do quilombo, uma espécie de ministro de guerra nos dias de hoje.
Com a queda do rei Ganga Zumba, morto após acreditar num pacto de paz com os senhores de engenho, Zumbi assumiu o posto de rei e levou a luta pela liberdade até o final de seus dias. Com o extermínio do Quilombo dos Palmares pela expedição comandada pelo bandeirante Domingos Jorge Velho, em 1694, Zumbi fugiu junto a outros sobreviventes do massacre para a Serra de Dois Irmãos, então terra de Pernambuco.
Contudo, em 20 de novembro de 1695 Zumbi foi traído por um de seus principais comandantes, Antônio Soares, que trocou sua liberdade pela revelação do esconderijo. Zumbi foi então torturado e capturado. Jorge Velho matou o rei Zumbi e o decapitou, levando sua cabeça até a praça do Carmo, na cidade de Recife, onde ficou exposta por anos seguidos até sua completa decomposição.
“Deus da Guerra”, “Fantasma Imortal” ou “Morto Vivo”. Seja qual for a tradução correta do nome Zumbi, o seu significado para a história do Brasil e para o movimento negro é praticamente unânime: Zumbi dos Palmares é o maior ícone da resistência negra ao escravismo e de sua luta por liberdade. Os anos foram passando, mas o sonho de Zumbi permanece e sua história é contada com orgulho pelos habitantes da região onde o negro-rei pregou a liberdade.

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

COMO VENCER A OBSESSÃO MENTAL



*Você está desesperado para sair do desespero, não é por aí!* 

*Não se combate a aflição ficando aflito.* 

*Não queira brigar com os pensamentos, faça amizade com sua mente. Cada toque que ela der do tipo: "é tarde, vamos sair logo senão eu vou atrasar", você responde a ela: "obrigado por ter me lembrado, agora eu estou escolhendo a roupa que vou vestir". Envolva-se com a tarefa presente, curta as tonalidades de cores que você tem no guarda roupa, procure observar com qual cor você se sente bem, depois de escolher, diga a si mesmo: vou ficar lindo com essa roupa. Aí, vem a mente com mais um alerta: "corre senão você não vai chegar a tempo". Você responde: "é mesmo, obrigado por me lembrar".
Nesse momento, nada de ficar pensando o que pode acontecer se você não conseguir chegar no horário, pois, se fizer isso, você já embarcou na mente e deixou de sentir o momento. Tome seu banho, aceleradinho claro, afinal, você não dispõe de muito tempo, a mente tem razão no que lhe disse. Durante o banho, não fique esbaforido pensando naquilo que você tem por fazer, olhe para o seu chuveiro, sinta a água quente banhando seu corpo, vista-se e saia.* 

*Durante o caminho, procure observar por onde você está passando. Lá vem a mente outra vez, dando o seu alarde: "olha que horas são, você não vai conseguir chegar a tempo, vai perder essa oportunidade, tinha que tomar banho, ficar enrolando para sair, agora que desculpa vai dar para justificar o atraso". "Tudo bem, se não der certo dessa vez eu volto em outra oportunidade, fiz o que podia para estar aqui, depois eu vejo o que for necessário, mas quando eu chegar lá; agora não, eu ainda estou no caminho".* 

*A mente nos arrasta para o passado ou nos lança para o futuro. Para não entrarmos na dela é preciso interagir com a realidade, curtir o presente, envolver-se com as situações que estão a nossa volta, esse é o primeiro passo para a reformulação interior.* 

*Não há uma poção mágica para calar a mente, nem podemos fazer isso, é graças a ela que conseguimos nos situar no tempo e no espaço. A função da mente é nos servir, dando-nos os referenciais para lidarmos com as situações da vida e sermos bem sucedidos na realidade.* 

*No entanto, quando sufocamos nossa expressão, querendo fazer tudo certinho
para não dar nenhum fora, elegemos a mente para escolher e decidir por nós.
Com o tempo, nos arrependemos amargamente, pois ela não se cala mais, fica ditando as regras, condenando os passos que não foram bem dados durante o dia, e assim por diante.* 

*A primeira coisa que é massacrada por esse domínio da mente são os nossos sentimentos. Eles são os maiores inimigos da mente, talvez seja por isso que ela imediatamente os sufoca, pois, quando sentimos algo, deixamos a mente de lado: ela passa a ser meramente uma assistente daquilo que sentimos.* 

*Assim, portanto, o segundo passo para resgatar seu poder de escolher os próprios pensamentos é manifestar aquilo que você sente.* 

*A gente não consegue de imediato amar tudo e todos. Se fossemos capazes de alcançar esse estado a cada instante da vida, seriamos seres ascensionados.
O que conseguimos fazer é curtir cada instante da nossa vida, apreciar as coisas que nos cercam, sem julgar nada; só observar com imparcialidade, pois se você começa a fazer julgamentos, a condenar ou a criticar, você permite que a mente invada seu ser naquele momento, sufocando a apreciação das situações da vida e as sensações causadas por aquilo que você vive naquele
momento.* 

*Não espere que logo depois de ler este texto, você se torne senhor absoluto de seus pensamentos. É uma questão de reeducação comportamental, exercício constante de observação do seu estado interior, perante a realidade a sua volta.* 

*Que passo a passo você vá se tornando cada vez mais quem você é. Você é capaz disso, é só uma questão de tempo para você se reequilibrar. Faça o que for necessário e o que foi apontado aqui, abaixe a ansiedade e saiba dar tempo ao tempo.*

CRIANÇAS: ENERGIA TRANSBORDANTE


BEIJADA: Nome dado no Brasil, às entidades que se apresentam sob a forma de crianças. São, conforme a crença geral, nos cultos afro- brasileiros e na Umbanda, as falanges dos Orixás gêmeos africanos IBEJI. 

BEIJIS – IBEJI : (ib: “nascer”; eji: “dois”) Orixás gêmeos africanos que correspondem, no sincretismo afro-brasileiro, aos santos católicos Cosme e Damião. Ibeji na nação Keto, ou Vunji nas nações Angola e Congo. 

DOIS DOIS: Nome pela qual são designados os santos católicos Crispim e Crispiniano; também são assim designados os santos Cosme e Damião, os Orixá africano IBEJI e as falange das crianças na Umbanda. 

ERÉ: vem do yorubá iré que significa “brincadeira, divertimento”. 

Existe uma confusão latente entre o Orixá Ibeji e os Erês. É evidente que há uma relação, mas não se trata da mesma entidade. Ibeji, são divindades gêmeas, sendo costumeiramente sincretizadas aos santos gêmeos católicos Cosme e Damião. Erês, Crianças, Ibejada, Dois-Dois, são Guias ou entidades de caráter infantil que incorporam na Umbanda. 

Os erês são entidades puras e que nos ajudam de forma única e especialmente doce. Os filhos de Ogum, como também são conhecidos, tem a presença mais alegre da Umbanda, trazendo sempre renovações e esperança, reforçando a natureza pura e ingênua dos seres humanos. É a linha que mais cativa as pessoas, pelo ar inocente que traz na face do médium. Por sua natureza pura e pelos patronos a linha de Cosme e Damião também traz a cura para os males do corpo e do espírito, além de darem proteção e benção extra as crianças. Sua energia é transbordante de vitalidade e alegria, sendo capaz de derramar as maiores bênçãos de harmonia cotidiana. 

A festa de São Cosme, Damião e Doun, tem duração de um mês, iniciando a 27 de setembro (Cosme e Damião) e terminando a 25 de outubro
(Crispim e Crispiniano). 

Nos Terreiros de Um­banda, a festa é muito bonita, há distribuição de balas, doces e guaraná para as crianças, os médiuns incorporam as crianças espirituais com a exteriorização atitudes infantis como o apego a brinquedos, bonecas, chupetas, carrinhos e bolas. Mas infelizmente e erroneamente, muitos interpretam a ‘gira de criança’ como uma diversão, afinal normalmente elas são realizadas somente em dias festivos como também, muitas vezes não consigamos conter os risos diante das palavras e atitudes das queridas crianças, momentos únicos de alegria e descontração que os Guias Espirituais, as crianças, aproveitam para nos curar de nossas amarguras. Ainda há muita deturpação com relação às falanges de crianças na Umbanda, onde acredita-se que são espíritos de crianças que morreram prematuramente, o que na verdade, as “crianças” são espíritos elevadíssimos que trabalham na falange de Yori e “simplesmente” se adaptam suas formas espirituais às formas astrais de crianças, assim de forma doce, ingênua e com muita alegria esses Espíritos de Luz conseguem nos envolver intimamente e desagregar energias densas enraizadas em nosso campo aurico que nos deixa cada vez mais doente de corpo e de alma. 

No dia 27 de setembro, dê uma pausa para a reflexão. Seu comportamento tem sido como das crianças espirituais da Umbanda? Você tem sido alegre, bem humorado e puro de coração? Ou pelo menos exercita o aprimoramento de viver sempre com alegria e esperança? Reflita sobre a sua missão. 

Nesse dia especial, faça uma promessa para si mesmo; seu lado infantil e puro não deve morrer! Deve renascer em bondade, amor por todos os seres e gratidão pela vida. Se for a uma festa de Cosme e Damião no terreiro de Umbanda, leve para casa, além dos doces e bolos, o exemplo de alegria e pureza da sublime falange de Yori! 

Salve as Crianças! Salve os Erês! Salve Cosme e Damião!
Salve Oni beijada! 

A MAGIA DA CRIANÇA
O elemento e força da natureza correspondente a Ibeji são…TODOS, pois ele poderá, de acordo com a necessidade, utilizar qualquer dos elementos. Eles manipulam as energias elementais e são portadores naturais de poderes só encontrados nos próprios Orixás que os regem. 

Estas entidades são a verdadeira expressão da alegria e da honestidade, dessa forma, apesar da aparência frágil, são verdadeiros magos e conseguem atingir o seu objetivo com uma força imensa. 


As preces dirigidas às “Crianças da Umbanda”, são prontamente atendidas, afinal, são dotadas de intenso poder mágico e vibração que só espíritos de grande luz possuem. 


Uma curiosidade: Cosme e Da­mião foram os primeiros santos a terem uma igreja no Brasil. Ela foi cons­truída em Igarassu, Pernam­buco, e ainda existe.



Fonte: Matéria extraída JUCA – Jornal de Umbanda Carismática, edição 13
setembro 2007

Modo de Orar



Devemos orar toda manhã, ao iniciar novo dia. 


Em O Evangelho Segundo o Espiritismo, capítulo XXVII, item 2, comunicação de 1862, em Bordeaux, na França, o Espírito Monod orienta-nos que o primeiro dever da criatura humana, ao despertar, deve ser proferir uma prece. Adverte que não se refere às preces mecânicas que habitualmente fazemos, com receitas padronizadas, mas a prece nascida do coração. 

Qual seria, cabe perguntar, a finalidade da oração, já que a maioria ora para pedir e não para agradecer? E muitos alegam que é desnecessário orar porque Deus conhece as nossas necessidades? 


A proposta é que analisemos a ventura que vivemos, no momento do despertar, para dar graças ao Pai, por tanta generosidade. Quando estamos bem, não percebemos as dores alheias, até um dia sermos a manchete. 


Devemos agradecer, porque acordamos. Muitos se deitam e, vítimas de mal súbito, não despertam. Se nós estamos de novo acordados é motivo para agradecer. 


Devemos ser gratos, porque dormimos. Para quem acredita que esse é um ato comum, lembramos que milhões de pessoas sofrem de insônia crônica, e muitas chegam a depender de medicação para dormir. Se nós podemos ter uma noite de sono natural, devemos ser agradecidos por essa ventura. Há pessoa que nem dormem. Conheci um senhor com cinquenta anos de idade que não dormia havia dezoito anos. Deitava, repousava e levantava. Mas não dormia! Só um exemplo. 



Devemos analisar que não sofremos qualquer problema, durante a noite, e despertamos saudáveis como deitamos. Muitos têm AVCs, problemas com a Síndrome da Apneia Obstrutiva do Sono – a grave doença do ronco –, infartos, etc., durante a noite. Mais uma razão para orarmos em agradecimento. 

Agradeçamos, também, pela cama macia que nos abrigou durante a noite. Quando o colchão está vencido, reclamamos de dores nas costas. Portanto, quanto ele está novo, agradeçamos pelo conforto. Bom lembrar dos que dormem pelas ruas ou nos barracos, tendo, como cama, uma folha de papelão. 


Normalmente, após despertar, tomamos banho. Água sadia, chuveiro, sabonete cheiroso, espelho para enfeitar-se e pentear-se, toalha felpuda limpa. 


Considere que há quem não tenha nada disso e tome banho no rio, no albergue, de caneca, ou, ainda, fique sem ele, por falta de condições. Então, em sua oração matinal, agradeça também pelo conforto do seu quarto de banho. E também por poder tomar banho sozinho, sem a ajuda de um enfermeiro ou parente... Nem todos podem! 


Depois, uma primeira refeição nos espera, logo pela manhã. O desjejum, com café, leite, sucos, frutos, queijos, frios. Para os que imaginam que isso é natural, porque o fazem automaticamente, não esqueçam dos que não têm o que comer e começam a passar fome, desde a hora em que despertam. A fome de hoje é apenas mais um capítulo da novela da fome dos capítulos anteriores. 


Acordam, já pensando em qual lata de lixo vão procurar comida ou em que esquina vão pedir a moeda para o café na padaria. Dê graças a Deus pela sua primeira refeição. Uma grande maioria nem tem água tratada; tomam água poluída, retirada de córregos e lameiros! 


Logo depois, muitos vão para o trabalho ou para a escola. Na garagem, há um carro à disposição. E quem não tem carro, pode ir até a esquina e pegar um ônibus, um trem, um metrô e ser transportado até o destino. Se você se sente infeliz por depender de condução pública, apertada, lembre-se dos que moram nos sítios, nos sertões e que caminham quilômetros para estudar ou trabalhar, a pé, em lombo de burro ou caminhão pau-de-arara. 


Se saímos de casa para a escola ou para o trabalho, é porque temos a possibilidade de frequentar uma escola, o que não é privilégio de todos. 


Igualmente, se vamos para o trabalho, agradeçamos por ter um emprego. Ainda que não seja o que desejamos e reclamemos que nos pagam menos do que valemos, é bom considerar que muitos gostariam de estar no nosso lugar, mesmo sem ganhar fortuna. Sejamos gratos a Deus pelo emprego que lhe oferece. 


As razões para orar em agradecimento surgem, nas nossas vidas, a cada minuto. E, após a meditação sobre cada um de nossos momentos felizes, aprendamos a dizer a Deus o nosso obrigado, de forma curta, gentil e sincera, sem longas e complexas fórmulas de rezar. 


Basta dizer “obrigado, meu pai, pelo dia que começa” e, depois, repetir “obrigado, Senhor, pelo dia que vivi, pelo bem que fiz, pelo mal que não cometi e pelas lições que pude aprender e ensinar”. E também, Senhor, pelo lar, pela comida e pela família, porque muitos gostariam de ter uma família e não têm. Agradecer por tudo o que recebemos e pedir apenas força, paciência e aceitação. 

O Espírito Monod nos diz, ainda, que não é preciso cair de joelhos ou exibir-nos publicamente, mas que devemos cuidar do cumprimento de nossos deveres, sem exceção, de qualquer natureza que sejam, porque isto é a verdadeira prece. 


Pede, ainda, que analisemos, quando conseguimos evitar um acidente, ou dele fomos poupados e, digamos, apenas: “Seja Bendito o Senhor!” E que, quando cometemos um erro, mesmo que seja simples equívoco, nascido do orgulho ou do egoísmo, que tenhamos a grandeza de dizer “perdoai-me e dai-me força para
não falhar novamente”. 


As atitudes acima independem das preces mais formais que fazemos, à noite e pela manhã, porque deve ser a prece de todos os instantes; devemos cultivar o hábito do agradecimento permanente, sem reclamar de nada, enquanto nos transportamos, comemos, trabalhamos, porque estabelecemos uma sintonia permanente com o Pai Divino, do qual somos filhos diletos e de quem Ele cuida com carinho e interesse. E Deus se agrada mais dos que são agradecidos que dos ingratos. Estes, normalmente, precisam da dor para aprender. 


Temos de orar, de forma espontânea, para o fortalecimento espiritual, com a mesma naturalidade e apetite com que nos alimentamos para ter corpo sadio. 


De nada adianta estar forte e saudável, mas infeliz e inconformado. Corpo e alma são dois importantes departamentos do homem encarnado, e é preciso cuidar de ambos. 


Agradecemos pela orientação do benfeitor espiritual e rogamos a Jesus para que nos ajude a viver dentro desses sábios princípios. 



Fonte: Revista Internacional de espiritismo - Setembro 2010

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Chico Xavier Especial

 Documentario sobre a vida e a obra de Chico Xavier . Imperdivel

As chaves da ascensão espiritual - Ramatis


Meu mais profundo afeto e amor a todos os seres de luz que estão buscando a conexão e expansão do vosso Ser Espiritual.

Hoje vamos explicar quais são as chaves da ascensão espiritual, porque existe certa confusão e ambigüidade a este respeito. É necessário compreender o significado real e a finalidade da ascensão espiritual, para saber para onde seguir, estabelecer uma metodologia adequada e desenvolver a perseverança e inspiração para obter êxito no processo. 


A ascensão espiritual é um estado de transformação interior mediante a qual somos conscientes da diferença que existe entre o nosso Ser Divino e as expressões físicas densas ou sutis da energia cósmica. No momento atual estão existindo em dois planos que estão coexistindo ao mesmo tempo: o plano físico ou material e o plano espiritual. A ascensão espiritual não está relacionada com a transubstanciação da matéria, no entanto, é um efeito de semelhante processo. Há muitas pessoas, dentro do âmbito da nova era que pensam que a ascensão espiritual está relacionada com a translação do corpo físico para uma dimensão superior. Apesar disto se poder produzir, eu fui um exemplo vivo disso, não é a essência nem a finalidade do processo. Há também outro setor de operadores da luz que pensam que a ascensão espiritual é transitar para as dimensões superiores, para experimentar e desfrutar a forma de vida que há nesses planos. Isto também é uma conseqüência da expansão e depuração da consciência. 


A ascensão espiritual está associada à transformação e expansão da vossa consciência e conexão com vossa Presença Divina ou Ser Superior e com Deus. 

Isto implica uma forma de vida específica na conduta, nos valores e atitudes que fazem parte da dinâmica quotidiana do indivíduo e não de algumas circunstâncias ou momentos específicos. Para os seres de evolução superior não existe diferença entre os momentos de introspecção ou conexão com o plano do Ser e a Fonte Divina e suas atividades diárias, porque vivem em um estado de conexão plena e constante. Essa dicotomia existencial acontece em pessoas como vós que habitualmente estais flutuando no plano das polaridades, devido a vossa forma de vida e não encontrais alinhados com a Fonte Divina. 



Os seres que vivem nas dimensões superiores a vossa conquistaram os níveis de evolução superior em virtude do seu esforço pessoal, integridade e conhecimento da dinâmica da evolução cósmica. Muitos de vós associais ascensão espiritual com melhores condições e prestações existenciais que permitem desfrutar mais das múltiplas manifestações da matéria. Isto, amados irmãos do cosmo, é um nível de compreensão distorcido que não tem nada a ver com a realidade. Evidentemente, quando se está vibrando em sinergia e sintonia com o plano cósmico da evolução com o Criador Infinito, as condições existenciais são otimizadas e existe uma sensação de harmonia, paz e bem-aventurança interior inexplicáveis. Neste momento da vossa evolução é importante que compreendas que a finalidade da ascensão espiritual consiste em instalar os paradigmas aquarianos no qual predomina um espírito fraternal e solidário para vossos congêneres e demais formas de vida, e onde os interesses pessoais não existem. O serviço fraternal e desinteressado sem expectativas de nenhum tipo é a tônica dominante que direciona e fundamenta a vida das pessoas que vibram a este nível. 


Todavia não haveis compreendido que tudo que pensais e sentis afeta a vossa sensibilidade e consciência espiritual. Vossas ações não correspondem aos paradigmas que a Hierarquia Cósmica já vos transmitiu. Existe uma incongruência entre o que decidis, fazeis e pensais, além disso, seguem alimentando a ilusão, como ferramenta que o vosso ego utiliza com freqüência. Mas as esferas de luz desejam ajudá-los, não deveis pensar que sem reunir os pré-requisitos necessários vais conseguir ascender. A magnanimidade está presente em nós e também as dispensas especiais, mas se não cumpris os pré-requisitos, a própria dinâmica evolutiva os impedirá de ascender. Se os falo nesses termos é para que sejam conscientes da importância do tema, e que sejais honestos e sinceros com vós mesmos e não caiais na ilusão e nem deixeis iludir-se por propostas espirituais que são mais inspiradoras, mas que não tem nada haver com a realidade. Uma vez mais vos digo que “A Obscuridade se Disfarça de Luz” para provar a vossa integridade espiritual, e os meios que a utilizam são diversos. Assim, estais alerta e perseverantes nos vossos desejos de melhorar e renovar plenamente aquelas estruturas de vossa evolução que são dissonantes e que lesionam e bloqueiam vossa sensibilidade espiritual. 


Em continuação vou enumerar as chaves da ascensão espiritual, para os que realmente estejais interessados em formar parte do novo coletivo aquariano e colaborar com a implantação dos paradigmas de Aquário.

1º Chave: aprender a discernir a informação real da fraudulenta, mesmo que essa pareça linda, isso se detecta quando não estimula a transformação, a consciência e o assumir da responsabilidade.

2º Chave: compreender que deveis modificar vossos maus hábitos que afetam vosso corpo físico, emocional e psique. A dieta é um fator extremamente importante, porque o que ingeris tem uma freqüência vibratória energética que influenciará o vosso corpo energético e corpos inferiores. O consumo de carnes, pescados e outras substâncias tóxicas (álcool, tabaco, café, drogas, etc.) são muito nocivos para a vossa saúde e estimulam a agressividade.
Quando consomes estes alimentos e substâncias estais envolvidos na transgressão da lei cósmica da evolução por não respeitar a vida dos outros seres vivos que estão no vosso planeta a evoluir, que são seus irmãos menores que deveis amar e proteger. Se não compreendeis este conceito dificilmente podereis entender e integrar conceitos de índole superior. Há um amplo setor de operadores da luz que não são conscientes da importância de uma dieta livre de violência e de comer o mais puro e simples possível.

3º Chave: utilizar a metodologia adequada e diária para desenvolver a renovação interior e a expansão da consciência e sensibilidade espiritual.
Não deveis ser preguiçosos e conformados com o mínimo de tempo possível. Em função do tempo que investes em vosso trabalho interior assim serão os resultados. Aqueles que mais compromisso pessoal e tempo dedicam são os que manifestam maiores níveis de crescimento pessoal. É importante que, com o tempo, incorporeis o “Fator Qualidade”, porque a inércia é o mais habitual quando se chega as praticas diária. Para isto é necessário que compreendais que o compromisso é com vós mesmos. Nem a hierarquia espiritual nem o Criador Infinito beneficiam-se, porque eles já estão vibrando na tessitura da luz infinita e primordial que emana de Deus e que o impregna e sustenta de amor, beleza e harmonia. 



4º Chave: estar disposto a despojar daquilo que seja um lastre e obstáculo na vossa evolução e aceitar o que contribua para estimulá-la, sem que isso seja um incomodo e desagradável, porque faz parte da depuração e crescimento interior. As crises, os desafios, adoção e integração de suportes e paradigmas que estimulam vossa conexão com vós mesmos, e com Deus deve ser uma finalidade do vosso trabalho interior.

5º Chave: não se iludir. O alerta constante deve estar presente em vossa vida, porque o ego utiliza múltiplas estratégias para convencê-lo de que estais fazendo bem. Um dos sintomas da ilusão é quando não se produzem crises e convulsões internas, pensais que os padrões discordantes que mais desagradam e lesionam já estão resolvidos. Não se iludir é sinônimo de ser íntegros e sinceros e saber discernir se estais progredindo na direção adequada, e não compactuar com as zonas obscuras do vosso ego nem com aqueles ou aquilo que a estimula. 


6º Chave: aprender a selecionar as pessoas com as quais relacionais. Nem todos os operadores de luz estão vibrando na luz, na afinação adequada, nem sua conduta, nem caráter são harmônicos. Se realmente desejais progredir espiritualmente deveis buscar aqueles que estão num nível de evolução superior, cuja conduta e caráter são virtuosos e um exemplo para os demais. 

Sempre estão se auto-evoluindo e renovando, sem pactuar com o ego, nem com as dinâmicas fraudulentas, por muitas sugestivas e agradáveis que possam ser. Não existe neles dicotomia entre o que dizem, pensam ou fazem, porque estão alinhados e vibram em sintonia e sinergia com os paradigmas aquarianos. Não fazem concessões evolutivas de nenhum tipo e sempre estão dispostos a honrar e amar a verdade.


7º Chave: compreender que nem tudo o que é luminoso tem origem no divino, e que as forças da obscuridade vigiam, e que os imprudentes e desonestos são presas de seus estratagemas disfarçados de luz, harmonia e amor. Vossa perspectiva e integridade deve ser tal que saibais discernir entre a ficção e a realidade, a luz da obscuridade, apesar das aparências. Na atualidade, a polaridade negativa desenhou uma grande variedade de formatos para captar a atenção daqueles que carecem de visão e integridade espiritual. Assim, pois, permanecei alerta e sede muito sinceros e honestos, ferramentas vitais para que singreis com êxito a senda da ascensão espiritual. 


8º Chave: desenvolver a humildade e simplicidade de propósito. Em vosso nível de evolução não sois imunes a vaidade, marca evolutiva que afeta a maioria dos operadores da luz. Deveis ser implacáveis e perseverantes para expulsar qualquer vestígio de soberba, porque é um vírus cancerígeno que produz disfunções dolorosas e destrutivas em vosso desenvolvimento espiritual. Só os tranqüilos e humildes podem captar a atenção do Criador Infinito ao compreender que são meros instrumentos e manifestações do seu poder criativo, desenhados para colaborar em sinergia e sintonia com o plano cósmico da evolução. 


9º Chave: desvincular-se de tudo aquilo que promove
exploração, especulação, manipulação humana e dos recursos energéticos do planeta. Quanto mais alinhados estais com os paradigmas aquarianos e com a vossa Presença Divina, mais simplificarás vossa vida e menos necessidades tereis. O consumismo infringe contra as leis da vida e da evolução, pois estão fundamentadas na exploração dos semelhantes, de outras formas de vida e de recursos energéticos do planeta. O consumismo conduz à especulação, da especulação à fraude e da fraude à violência e frustração que afetam vossos corpos inferiores e paralisam vossa sensibilidade espiritual. Por tanto é imperativo que abandones estas dinâmicas discordantes com a vida. 


10º Chave: promover os respeito para com os processos dos demais e desenvolver uma atitude conciliadora, onde a colaboração fraternal e solidária sejam as bases da vossa interação com os seus semelhantes. Todos estais onde deveis estar, mas se instalais os códigos e os paradigmas da ascensão aquarianas produzir-se-á uma convergência e diálogo entre vós. As diferenças devem afastar-se quando a finalidade é comum, por isso, é imperativo que instaleis e ativeis os arquétipos da evolução aquariana para que o consenso, o respeito, o amor, a harmonia e a paz imperem na vossa vida no planeta Terra. Só assim podereis honrar a insígnia designada “Operadores da Luz” que transmite amor, paz e harmonia a todos aqueles que se relacionam com vós, e a luz divina resplandecerá e nutrirá vosso coração e Presença Divina.