Deus da Misericórdia!...
Auxilia-me a conservar o anseio de encontrar-te.
Quando haja tumulto, ao redor de mim, guarda-me o silêncio interior em que procure ouvir-te a voz.
Se algum êxito me busca, deixa-me perceber a tua bondade sobre a fraqueza que ainda sou.
Diante dos outros, consente, oh! Pai, que te assinale o infinito amor, valorizando-me a insignificância, através daqueles que me concedam afeto.
Se aparecerem adversários em meu caminho, faze-me vê-los como sendo instrumentos de trabalho, dentre aqueles com que me aperfeiçoas.
Na alegria, induz-me a descobrir-te a proteção paternal, estimulando-me a seguir para frente.
Na dor, fortalece-me os ouvidos para que te escutem os chamamentos de paz.
E, quanto mais possa conhecer, em minha desvalia, os recursos iluminados do oceano de mundos e de seres que construíste no Universo, concede-me, oh! Deus de Misericórdia, que eu tenha a simplicidade da gota d'água, se sente tranqüila e feliz porque se vê capaz de refletir-te a luz no brilho eterno da Criação.
(Meimei. Psicografia de Francisco Cândido Xavier, In: Amizade)
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