"O ano era 1997, numa terça-feira à noite. Quando chegamos para visitá-lo, ele contou-nos o seguinte caso:
- Hoje minha mãe me apareceu e disse-me:
- "Meu filho, após tantos anos de estudo no mundo espiritual estou-me formando assistente social. Venho me despedir e dizer que não mais vou aparecer a você".
- Mas a senhora vai me abandonar ?
- Não meu filho. Imagine você que seu pai precisa renascer e disse que só reencarna se eu vier como esposa dele. Fui falar com a Cidália, sua segunda mãe, que criou vocês com tanto carinho e jamais fez diferença entre os meus filhos e os dela. Ela contou-me que também precisa voltar à Terra. Então eu lhe disse:
- Cidália, você foi tão boa para meus filhos, fez tantos sacrifícios por eles, suportou tantas humilhações... Nunca me esqueci quando você disse ao João Cândido que só se casaria com ele se ele fosse buscar meus filhos que estavam espalhados por várias casas para que você os criasse. Desde minha decisão de voltar ao corpo, tenho refletido muito sobre tudo isso e venho perguntar-lhe se você aceitaria nascer como nossa primeira filha ? Abraçamo-nos e choramos muito. Quando me despedi dela, perguntei-lhe:
- Cidália há alguma coisa que eu possa fazer por você quando for sua mãe ?
Ela me disse:
- Dona Maria, eu sempre tive muita inclinação para a música e não pude me aproximar de um instrumento. Sempre amei o piano.
- Pois bem, minha filha. Vou imprimir no meu coração um desejo para que minha primeira filha venha com inclinação para a música. Jesus há de nos proporcionar a alegria de possuir um piano.
A essa altura da narrativa o Chico estava banhado em lágrimas e nós também. Mas continuou a falar de Dona Maria:
- Seu pai vai reencarnar em 1997. Vou ficar junto dele por aproximadamente três anos e renascerei nos primeiros meses do ano 2000.
- Mas a senhora já sofreu tanto e vai renascer para ser esposa e mãe novamente ?
- São os sacrifícios do amor... Até um dia meu filho...
Neste momento, concluiu o Chico, também ela começou a chorar".
(Extraído do livro MOMENTOS COM CHICO XAVIER, de Adelino Silveira, ed. GEP)
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