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sábado, 15 de maio de 2010

QUAL A MELHOR RELIGIÃO?





A Humanidade caminha para a Nova Era e muitas mudanças estão sendo processadas e assimiladas; todavia temos séculos de condicionamentos que precisam ser modificados. Um desses condicionamentos diz respeito ao fato da importância que a sociedade onde estamos inseridos, ainda dá para a questão dos “rótulos” (qual seu nível de instrução, sua profissão, sua classe econômica, sua religião...). E, a propósito: qual é a melhor religião? Num Congresso sobre religião e paz entre os povos, Leonardo Boff fez esta pergunta ao Dalai Lama e a resposta foi: “A melhor religião é aquela que te aproxima de Deus, do Infinito. É aquela que te faz melhor”. De pessoa tão sábia, não poderíamos esperar melhor resposta, pois independente do nome, o objetivo de qualquer religião é o “religare”, estabelecer a ligação com a Fonte da Vida. Devemos sempre lembrar que fazemos parte de uma “grande teia”, de uma rede planetária, de um mundo onde tudo afeta a todos; a lei da física que fala sobre Ação e Reação, faz parte de todo tipo de relação que se possa estabelecer, inclusive e principalmente, das relações com os nossos semelhantes. Então, com certeza, “a melhor religião é aquela que te aproxima de Deus, do Infinito. É aquela que te faz melhor”, por isso, o que realmente importa não é o “rótulo”, mas nossos atos, pensamentos e ações no dia-a-dia, com a família, com os amigos, com as pessoas que trabalham conosco, pois se eles forem bons, trarão bons resultados e farão com que nos sintamos bem, com que sejamos melhores. A melhor religião é aquela que se escolhe, que nos faz melhores, que nos deixa felizes e convictos de que estamos aqui para aprender, para ensinar, para nos aperfeiçoar. Religião ainda é um tema que aflige muitas pessoas, e faz com muitas outras se coloquem numa posição de “defensores da verdade”, pregando uma determinada “igreja” como a única detentora da verdade. O que devemos ter sempre em mente, longe de aflições e sem radicalismos, é que sempre estamos na presença de Deus e que os planos espirituais mais elevados não estão afastados no espaço, mas que estão em nós mesmos. É em nós que a voz de Deus ressoa sempre e, se não ouvimos Sua voz, nem percebemos Sua luz, talvez seja porque estamos completamente absorvidos em nós mesmos e nos aturdimos com nosso próprio ruído. Toda pessoa que aspira à paz espiritual não deve se deixar arrastar pelo caos do dia-a-dia e nem se afetar pelas questões dos “rótulos”; melhor se retirar de vez em quando e ir de encontro a si mesma, estabelecendo dentro de si um centro de equilíbrio e paz, praticando o “religare” e ouvindo aquela “voz interior” que fluirá, trazendo-lhe Luz e serenidade a partir do encontro com mundos superiores. A religiosidade sempre foi um caminho que permitiu à Humanidade escapar das penúrias da vida terrestre, de suas limitações, da sensação de incapacidade, da sensação de ter poderes que não podia expressar e dos desenganos que continuamente se apresentavam na vida. Neste processo de religação, este foi sempre um meio eficiente de aprender logo as lições que a dor e as tristezas ensinavam e de nos recolher em nosso interior, nos afastando deles para o cerne da realidade. Agruras da vida são excelentes professores, mas evoluímos e sabemos que “não há mal que sempre dure” e que podemos viver bem e felizes nos distanciando de todas as dificuldades; não nos protegemos do que é ruim resistindo, pois a resistência intensifica a vibração negativa s sim nos distanciando até que sejam meras projeções no tempo e no espaço. Portanto a “melhor religião” é aquela que nos permite deixar de olhar a multiplicidade de sombras e encarar a Luz única e esta grande ‘conversão’ se consegue por meio da meditação. Devemos seguir nosso caminho até o verdadeiro centro de nosso ser e nesse lugar encontraremos a luz eterna brilhando, a paz que é inalterável e que está além de toda compreensão e a nossa Religião. Se necessitarmos um maior incentivo, o encontraremos no conceito de que “a melhor religião” é aquela que nos faz melhores; que só poderemos ensinar a outros o caminho da libertação quando nós mesmos o tenhamos encontrado e definido, quando nós mesmos tivermos encontrado e cruzado o portal. Então poderemos guiar a nossos irmãos, mas não antes; e não para uma determinada religião, mas sim para que ele defina a sua. Se observarmos os olhos dos grandes seres do mundo, veremos neles uma serenidade, uma felicidade e uma calma que nada pode perturbar; eles encontraram a sua religião e as intempéries desta vida não lhes alcançam pessoalmente, por muito que se compadeçam dos outros. Eles conduzem pelo Amor à Vida e pelo exemplo de vida. Sejamos Budistas, Espíritas, Taoistas, Católicos, Evangélicos, Xamanistas, Andinos, Umbandistas, da Fraternidade... a importância não está no rótulo, mas naquilo que acreditamos e praticamos; “alteridade” é um conceito que deve ser praticado cada vez mais, pois o respeito ás diferenças nos acresce, nos harmoniza, nos coloca em freqüência com a Luz que ilumina o Universo e nos conduz. A melhor religião é aquela que fala ao nosso “coração” e que permite estabelecer um canal com tudo que vibra positivamente nesta imensa “teia da vida”.

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