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segunda-feira, 24 de maio de 2010

Por que nossa evolução tem de ser feita no Astral inferior e não no Plano Astral superior?


Viemos do Plano Astral Superior para um Plano mais denso e imperfeito (Astral Inferior), para que, na interação com as dificuldades inerentes a este nível evolutivo, as nossas imperfeições venham à tona e tenhamos então a possibilidade de lidar com elas, visando a sua melhoria ou eliminação. Isso não pode ocorrer quando estamos desencarnados no Astral superior, pela elevada consciência vigente lá que faz com que não existam os testes e as provas comuns aqui. Lá em cima, pela elevada freqüência vibratória do local, são ativados nossos chakras superiores e manifestamos nossas superioridades; aqui, pela baixa freqüência vigente, ativam-se nossos chakras inferiores e manifestam-se nossas inferioridades; por isso voltamos para cá: para encontrarmos nossas inferioridades, que lá ocultam-se. Mas quando as encontramos, culpamos os pais, a família, a vida, os outros, a sociedade...

Viemos buscar os resgates e harmonizações com antigos companheiros de viagem, que geralmente vêm na nossa família, ou vamos encontrando durante a vida. Mas para alcançarmos isso, precisamos primeiramente irmos curando nossas inferioridades: orgulho, vaidade, mágoa, raiva, ressentimento, etc.

Essas noções e tantas outras a respeito da Reencarnação, que têm permanecido limitadas apenas ao campo da religião, principalmente na religião Espírita, precisam agora ser incorporadas pela Psicologia e pela Psiquiatria, a fim de serem melhor entendidos os nossos problemas e conflitos. Também a Medicina, e isso já está ocorrendo, irá entender que não somos apenas esse corpo físico visível, e sim temos outros corpos, sutis, onde iniciam-se verdadeiramente as doenças. A Psiquiatria, um dia, quando entrar no campo do invisível, entenderá o que são essas vozes "imaginárias", o que são as "alucinações", etc., e descobrirá que o que chama de "paranóia", "esquizofrenia", "transtorno bipolar", etc., comumente são emersões de nossas personalidades de outras vidas, geralmente acompanhadas de outras personalidades, intrusas, os chamados obsessores.

Está chegando um novo Milênio e, com ele, uma nova Psicologia, uma nova Medicina e uma nova Psiquiatria. E os médicos, os psicólogos, os psiquiatras e os psicoterapeutas em geral, que acreditam nos princípios reencarnacionistas, não podem mais lidar apenas com o nosso corpo visível e as doenças físicas, e com essa passagem terrestre, chamando-se, equivocadamente, de "a vida". É preciso coerência; quem acredita em Reencarnação deve vivenciá-la no seu dia-a-dia e não apenas quando está em seu Centro Espírita ou lendo seus livros em casa. Assim caminha a Humanidade, a passos lentos, mas sempre adiante. Então, vamos em frente!

Reencarnamos para tentarmos melhorar uma tendência de manifestarmos pensamentos e sentimentos ainda inferiores (Personalidade Congênita), passando por situações que os fazem aflorar e transparecer (gatilhos), com o objetivo evolutivo de os enfrentarmos e vencermos (a Missão). Então, aqui estamos, novamente, e repetidas vezes, para encontrarmos nossas características negativas e modificá-las positivamente. Estamos propondo que, em vez de nos vitimizarmos e criarmos toda uma problemática psicopatogênica em relação à infância, baseada na mágoa, na tristeza, na rejeição, na raiva, etc., passemos a encarar de modo diferente essas situações e até, quem sabe, agradeçamos ao nosso destino por tê-las colocado em nosso caminho, pois assim saberemos o que viemos curar em nós (a Reforma Íntima). Por que alguém precisou vir filho daquela mãe? O que houve entre eles em encarnações passadas? O filho pode ter sido seu marido, seu patrão, seu carrasco... Deus nunca erra o alvo.

Reencarnamos para encontrar nossas imperfeições, mas quando as encontramos por vezes não gostamos das pessoas e/ou situações que as fazem aflorar. E aí sentimos raiva ou mágoa daquela pessoa, mas, na verdade, nós estamos exteriorizando nossa raiva e mágoa congênitas, que nasceram conosco, o que é diferente de pensar que a raiva e a mágoa surgiram na infância. Exemplificando: uma pessoa refere um forte sentimento de rejeição e mágoa por ter-se sentido abandonada e não-querida durante a infância. Acredita que a causa disso foi o fato de seu pai não ter assumido a paternidade e abandonado a família. Ela revela, desde criança, uma postura perante a vida calçada nesses sentimentos e durante sua vida freqüentemente sente-se triste, magoada, e com a sensação e o medo de ser rejeitada. No entanto, inúmeras outras pessoas, que quando crianças passaram por situações semelhantes, não referem esses pensamentos e sentimentos ou, pelo menos, não em nível tão profundo. Por quê? Claro que fatores atenuantes como atenções e orientações dos demais familiares, atendimento psicológico precoce, etc., ajudam a que isso não ocorra de modo grave. Mas a explicação para o fato daquela pessoa ter demonstrado enormes sentimentos de abandono e rejeição, ou seja, ter sentido aquela situação de um modo tão intenso e outras pessoas que passaram por situação semelhante não terem sentido tanto assim, é que ela já trazia essa tendência consigo, a tendência de sentir desse modo, de situações semelhantes vivenciadas em encarnações anteriores, o que nessa encarnação sofreu mais um reforço, pela atitude paterna.

E por que sua Alma necessitou passar por essa situação nessa encarnação? Muitas vezes, nós temos contato com nossos futuros pais antes mesmo de iniciarmos nossa materialização intra-uterina, e então podemos conversar com essa pessoa sobre isso nas conversas de Psicoterapia Reencarnacionista. Por que ela, que traz abandono e rejeição para curar, oriundas de encarnações passadas, necessita passar por uma nova vivência encarnatória semelhante? Se lembrarmos que descemos do Astral Superior para encontrarmos nossas inferioridades, ela pode ter necessitado dessa experiência para que esses antigos sentimentos aflorassem e pudesse então entrar em contato com eles, possibilitando-se trabalhá-los e curá-los. Se alguém traz mágoa e sensação de abandono para curar em seu Espírito, necessitará de pessoas ou situações que façam isso aflorar. E a Lei do Retorno? Quem sabe ela abandonou esse Espírito que é seu pai atualmente em alguma vida passada, e então ela não é uma vitima e, sim, coadjuvante de todo esse processo? Nas regressões algumas vezes o abandonado e rejeitado hoje e em vidas passadas vê-se como um abandonador e rejeitador em vidas ainda mais passadas...

Nossa Alma colabora na criação de nossas experiências terrenas por uma necessidade de crescimento, que implica em eliminar esses seculares ou milenares sentimentos e pensamentos negativos, ou seja, reencarnamos para isso, para essa "limpeza", e então devemos fazê-la, e não manter, ou até agravar esses sentimentos. Isso é o que significa dizermos que nós pedimos isso... Não fomos nós, nossos Egos, foi nossa Alma, em conjunto com a Grande Alma (Deus). Mas se acharmos que tudo começou na infância, que somos uma vítima, que nosso pai -ou nossa mãe- é o vilão, vamos passar anos e anos em terapia falando sobre isso, até que um dia nosso corpo físico morre, subimos para o Astral Superior, encontramos nosso Mentor Espiritual, que senta conosco em um banco naquele lindo jardim, abre um telão e nos diz: vamos examinar algumas de suas vidas passadas?

Não penso que seja tudo tão cartesiano assim.

Dr. Mauro Kwitko

Dr. Mauro Kwitko

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