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quinta-feira, 10 de junho de 2010

Umbanda e a Cura - por Chico Xavier


Na noite de 28 de julho de 1971 no Canal 4, no programa "Pinga Fogo" da TV Tupi, São Paulo, Chico Xavier foi entrevistado por diversas pessoas. Selecionamos para esta página a pergunta formulada por Reali Júnior:
Reali JúniorO senhor acha que os espíritos que se manifestam nos terrenos de umbanda, dizendo-se guias de cura, pretos velhos, índios, caboclos, são espíritos evoluídos? Como explica as curas conseguidas por muita gente conhecida, em terreiros? Será que o mal, pode apresentar-se através do bem, ou então tomando a sua forma?
 
Chico XavierNós respeitamos a religião de Umbanda, como devemos respeitar todas as religiões. Vamos recorrer aos casos das leis cármicas. Nos séculos passados, nos três, quatro séculos passados, nós — vamos dizer coletivamente — não estamos falando do ponto de vista individual, mas na condição de brasileiros buscamos no berço onde nasceram milhões de irmãos nossos reencarnados nas plagas africanas para que eles servissem nas nossas casas, nas nossas famílias, instituições e organizações, na condição de alimárias. Eles se incorporaram, depois de desencarnados, às nossas famílias. Eles renasceram de nosso próprio sangue, nas condições de nossos irmãos para receberem, de nossa parte, uma compensação que é a compensação chamada do amor, para que eles sejam devidamente educados, encaminhados, tanto quanto nos pretendemos educar-nos, e encaminhar-nos para o progresso. Então temos a religião da Umbanda, que vem como uma organização dos espíritos, recentemente, porque quatro séculos significam um tempo curto nos caminhos da eternidade. Recentemente trazidos para o Brasil eles se organizaram agora, seja numa condição ou noutra. Nós, no Brasil, não conseguimos pensar em termos de cor. Nós todos somos irmãos. De modo que eles organizaram uma religião sumamente respeitada também. Eles também veneram a Deus, com outros nomes. Veneram os emissários de Deus, com outros nomes. Respeitamos todos e acreditamos que em toda parte onde o nome de Deus é pronunciado, o bem pode se fazer. Agora, encontramos na doutrina espírita, individualmente e coletivamente, a faixa que nos compete no campo de nossa evolução, para estudos do nosso destino, para estudos da imortalidade. Quanto a problemas de cura, permitimo-nos lembrar uma coisa: as vezes nós pedimos socorro a determinadas organizações para a cura imediata de determinados impedimentos físicos. Essa cura, parece, talvez, forçada, por nossas exigências, porque muitas vezes os nossos irmãos, trazidos das plagas africanas, se habituaram de certo modo, a obedecer-nos quase que cegamente. Eles se afeiçoam a nós com uma afeição terrível, do ponto-de-vista de egoísmo de que nós todos, por enquanto, principalmente se referindo a mim, somos portadores. Então exigimos uma cura que se faz de imediato no campo físico, mas nos esquecemos de que as vezes, a cura física é um caminho para encontrarmos, mais adiante, desastres morais de conseqüências imprevisíveis. Então, se as curas demoram no ambiente kardequiano, ou se demoram no campo da medicina, vamos respeitar o problema dessa demora, porque aquilo se verifica em nosso próprio benefício.  Porque muitas vezes urna doença física, ou determinada provação em nossa vida doméstica, nos poupam de acidentes afeitos ou acidentes materiais, ou de fenômenos extremamente desagradáveis em nossa vida.

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