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sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Mãe Iansã


Iansã é a aplicadora da Lei na vida dos seres emocionados pelos vícios. Seus campo preferencial de atuação é o emocional dos seres: ela os esgota e os redireciona, abrindo-lhes novos campos por onde evoluirão de forma menos “emocional”.
No comentário sobre o orixá Egunitá já abordamos nossa amada mãe lansã. Logo, aqui seremos breves em nosso comentário sobre ela, que também foi analisada no capitulo reservado ao orixá Ogum. Como dissemos antes, lansã, em seu primeiro elemento, e ar e forma com Ogum um par energético onde ele rege o pólo positivo e é passivo pois suas irradiações magnéticas são retas. lansã é negativa e ativa, e suas irradiações magnéticas são circulares ou espiraladas. Observem que lansã se irradia de formas diferentes: é cósmica (ativa) e é o orixá que ocupa o pólo negativo da linha elemental pura do ar, onde polariza com Ogum. Já em seu segundo elemento ela polariza com Xangô, e atua como o pólo ativo da linha da Justiça, que é uma das sete irradiações divinas.
Na linha da Justiça, lansã é seu aspecto móvel e Xangô é seu aspecto assentado ou imutável, pois ela atua na transformação dos seres através de seus magnetismos negativos.
lansã aplica a Lei nos campos da Justiça e é extremamente ativa. Uma de suas atribuições é colher os seres fora-da-Lei e, com um de seus magnetismos, alterar todo o seu emocional, mental e consciência, para, só então, redirecioná-lo numa outra linha de evolução, que o aquietará e facilitará sua caminhada pela linha reta da evolução.
As energias irradiadas por lansã densificam o mental, diminuindo seu magnetismo, e estimulam o emocional, acelerando suas vibrações. Com isso, o ser se torna mais emotivo e mais facilmente é redirecionado. Mas quando não é possível reconduzi-lo à linha reta da evolução, então uma de suas sete intermediárias cósmicas, que atuam em seus aspectos negativos, paralisam o ser e o retém em um dos campos de esgotamento mental, emocional e energético, até que ele tenha sido esgotado de seu negativismo e tenha descarregado todo o seu emocional desvirtuado e viciado.
Nossa amada mãe Iansã possui vinte e uma lansãs intermediárias, que são assim distribuídas: Sete atuam junto aos pólos magnéticos irradiantes e auxiliam os orixás regentes dos pólos positivos, onde entram como aplicadoras da Lei segundo os princípios da Justiça Divina, recorrendo aos aspectos positivos da orixá planetária Iansã. Sete atuam junto aos pólos magnéticos absorventes e auxiliam os orixás regentes dos pólos negativos, onde entram como aplicadoras da Lei segundo seus princípios, recorrendo aos aspectos negativos da orixá planetária Iansã. Sete atuam nas faixas neutras das dimensões planetárias, onde, regidas pelos princípios da Lei, ou direcionam os seres para as faixas vibratórias positivas ou os direcionam para as faixas negativas.
Enfim, são vinte e uma orixás lansãs intermediárias aplicadoras da Lei nas Sete Linhas de Umbanda. Como seus campos preferenciais de atuação são os religiosos, não é de se estranhar que nossa amada mãe lansã intermediária para a linha da Fé nos campos do Tempo seja confundida com a própria Oiá, já que é ela quem envia ao tempo os eguns fora-da-Lei no campo da religiosidade. lansã do Tempo, não tenham dúvidas, tem um vasto campo de ação e colhe os espíritos desvirtuados nas coisas da Fé, enviando-os ao Tempo onde serão esgotados.
Mas, não tenham dúvidas, antes ela tenta reequilibrá-los e redirecioná-los, só optando por enviá-los a um campo onde o magnetismo os esvazia quando vê que um esgotamento total em todos os sete sentidos é necessário. E isto o Tempo faz muito bem! Já lansã Bale, do Bale, ou das Almas, é outra intermediária de nossa mãe maior lansã que é muito solicitada e muito conhecida, porque atua preferencialmente sobre os espíritos que desvirtuam os princípios da Lei que dão sustentação à vida e, como vida é geração e Omulú atua no pólo negativo da linha da Geração, então ela envia aos domínios de Tatá Omulú todos os espíritos que atentaram contra a vida de seus semelhantes ao desvirtuarem os princípios da Lei e da Justiça Divina.
Logo, seu campo escuro localiza-se nos domínios do orixá Omulú, que rege sobre o lado de “baixo” do campo santo. Mas também são muito conhecidas as lansãs intermediárias Sete Pedreiras, dos Raios, do Mar, das Cachoeiras e dos Ventos (lansã pura). As outras assumem os nomes dos elementos que lhes chegam através das irradiações inclinadas dos outros orixás, quando surgem as Iansãs irradiantes e multicoloridas. Temos: o uma Iansã do Ar. o uma Iansã Cristalina. o uma lansã Mineral. o uma Iansã Vegetal. o uma lansã Ígnea. o uma lansã Telúrica. o uma lansã Aquática. Bom, só por esta amostra dos múltiplos aspectos de nossa amada regente feminina do ar, já deu para se ter uma idéia do imenso campo de ação do mistério “Iansã”.
O fato é que ela aplica a Lei nos campos da Justiça Divina e transforma os seres desequilibrados com suas irradiações espiraladas, que o fazem girar até que tenham descarregado seus emocionais desvirtuados e suas consciências desordenadas! Não vamos nos alongar mais, pois muito já foi dito e escrito sobre a “Senhora dos Ventos”.



Divindades: Iansã
Linha: Eólica
Pedra: Citrino
Irradiação: Lei
Vela/Cor: Amarela, Dourada, Vermelha
Sincretismo: Santa Bárbara
Saudação: Eparrei!
Ponto de Força: Campo aberto
Oferendas/Rituais
Mãe Iansã: Velas amarela, vermelha, champanhe branca, licor de menta ou anis, flores amarelas, manga, maracujá doce, uva niagra. Pode oferendá-la no campo aberto, pedreiras, campo santo, beira-mar, etc.

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