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terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

USO DE BEBIDAS ALCOÓLICAS NOS TEMPLO UMBANDISTAS - TEXTO PAI JURUA



Em muitos Templos, servem bebidas alcoólicas aos Guias. Porque da
utilização dessas bebidas? Concordamos, que muitas vezes um Guia
Espiritual, ou mesmo um Guardião utilize uma pequena dose de alguma
bebida alcoólica para movimentar forças sutis necessárias a realização
de algum trabalho ou movimentação magística; mas, utilizar porque o
Guia ou Giardião não vêem a hora de incorporar para tomar uma birita é
pura ignorância. Isso é coisa do médium, que deve adorar um traguinho.
Quando presenciarmos algum Guia ou Guardião com uma garrafa de
aguardente ou qualquer outra bebida debaixo do braço, tenha certeza
que, ou é animismo, ou a presença de um belo quiumba incorporado, ou
mesmo o próprio médium que possivelmente é alcoólatra ou adora ingerir
bebidas alcoólicas.


Os Guias Espirituais, quando necessário, ingerem sucos naturais, ou
mesmo chás preparados de acordo com a necessidade; ou seja, não bebem
somente para sentir o gostinho gostoso da bebida ou para se lembrarem
da época que estavam encarnados.


A Doutrina Umbandista nada proíbe, mas mostra ao homem através da fé
racionada, que ele é livre para realizar seus desejos, mas deve ter
consciência das conseqüências boas ou más de seus atos. O ato de beber
jamais fez bem a quem quer que seja. É através dos alcoólicos que as
regiões infernais mais se abastecem de energia. Os danos da bebida são
terríveis, pois são repassados pelos exemplos dos pais para os filhos,
dos médicos para os pacientes, dos umbandistas viciados para os seus
seguidores. Todo Umbandista que se encontra engajado nos labores
mediúnicos, seja qual for a ocupação, deveria abdicar do uso dos
alcoólicos em seu regime alimentar. Isto porque o álcool traz
múltiplos inconvenientes para a estrutura da mente equilibrada e dos
chacras, considerando-se suas toxidez e a rápida digestão de que é
alvo, facilitando grandemente que, de modo fácil, o álcool entra na
corrente sanguínea do individuo, fazendo seu efeito característico.


Mesmo os inocentes aperitivos devem ser evitados, tendo-se em mente
que o médium é médium as vinte e quatro horas do dia, todos os dias,
desconhecendo o momento em que o Mundo Espiritual necessitará da sua
cooperação.


Além do mais, quando se ingere uma porção alcoólica, cerca de 30% são
rapidamente eliminados pela sudorese e pela dejeção, mas cerca de 70%
persistem por muito tempo no organismo, fazendo com que alguém que,
por exemplo, haja-se utilizado de um aperitivo na hora do almoço, à
hora da atividade noturna não esteja embriagado, no sentido comum do
termo, entretanto, estará alcoolizado por aquela porcentagem do
produto que não foi liberada do seu organismo. Segundo a ciência
oficial, a cada dose de bebida alcoólica ingerida, um neurônio
cerebral é destruído.


Finalizando, o álcool no organismo faz com que os dutos energéticos
estejam sobrecarregados de matérias tóxicas e o que você passará,
através de passes, a título de fluidos regeneradores, serão na verdade
fluidos envenenadores.


Muitas vezes os espíritos necessitam melhorar a vibração do ambiente
onde está ocorrendo à manifestação e os médiuns encarnados não estão
em boas condições vibracionais e nem colaboram para que haja a melhora
do ambiente. Então, estes espíritos apelam para certas práticas
rudimentares, entre elas é se utilizar o álcool para isto. O álcool
condensa forte carga de energia etérea e espiritual.


Quando um Guia Espiritual utiliza o álcool na sua terapêutica
fluídica, eles dinamizam a sua energia oculta e lhe apuram as
qualidades etéreo-espirituais, sob determinado processo de física
transcendental. Os espíritos aproveitam as energias etéreo-
espirituais, embora os médiuns não apresentem sintomas de embriagues,
fatalmente os resíduos materiais destes produtos químicos estarão
presentes no seu organismo, intoxicando-os. Os Guias Espirituais nunca
utilizam álcool para alimentar seu vicio e nem mesmo o vício do
médium. Lembre-se que a utilização é somente para efeitos terapêuticos
físico-espirituais e mesmo assim com muita sobriedade, sem desmandos e
exageros, pois se preocupam com o bem estar físico e espiritual de
seus médiuns.


Bebidas energéticas que poderão e devem ser utilizadas e oferecidas
aos Guias Espirituais incorporados:


Estas bebidas fora catalogadas em acordo a vibratória do Orixá regente
dos Guias Espirituais. Lembre-se que são altamente energéticas e serão
utilizadas como reforço vibratório para o médium e nunca para os Guias
em si. As bebidas deverão ser preparadas com antecedência e levadas
pelo médium junto de suas coisas, para que seja servido ao Guias com
que trabalha mediunicamente.


Para os Guias Espirituais da vibratória do Pai Oxalá:


• Bebidas: Sucos de: Maracujá – Laranja – Pêra – Uva verde -


Para os Guias Espirituais da vibratória da Mãe Oxum e do Pai Oxumarê:


• Bebidas: Sucos de: Melão – Melancia – Caqui


Para os Guias Espirituais da vibratória do Pai Ogum e da Mãe Yansã:


• Bebidas: Sucos de: Manga – Pêssego – Ameixa – Laranja – Abacaxi


Para os Guias Espirituais da vibratória do Pai Xangô e da Mãe Obá:


• Bebidas: Sucos de: Acerola – Jabuticaba – Banana (verde) - Ameixeira
– Amoreira


Para os Guias Espirituais da vibratória da Mãe Yemanjá:


• Bebidas: Sucos de: Água de côco – Melancia, Melão – Abóbora – Tomate


Para os Guias Espirituais da vibratória do Pai Oxossi:


• Bebidas: Sucos de: Goiaba – Pitanga – Banana – Mamão – Água de côco
– Jabuticaba – Amora – Ameixa (amarela)


Para os Guias Espirituais da vibratória do Pai Omulú/Abaluaiyê e da
Mãe Nanã Buruquê:


• Bebidas: Sucos de: Caju – Figo – Pinha.


Obs: Os Sucos deverão ser adoçados com mel puro.


Pode ser que algum Guia Espiritual oriente a utilização de algum tipo
de suco ou chá específico que deve ser providenciado e levado pelo
médium. Mas, sempre lembrando que essas bebidas serão tão somente para
a revitalização e proteção do médium. O Templo Umbandista também
poderá optar por um tipo só de suco ou chá nos trabalhos, dependendo
da corrente espiritual que irá atuar.


A utilização de algum tipo de bebida com álcool por algum Guia
Espiritual será tão somente para manipulação energética e sempre será
em quantidade mínima.


Porque o uso de Pinga para os Exus, e Sidra para as Pombas Gira:


Considerações Gerais sobre o álcool:


Em alquimia, como o nome já sugere é considerada a 5ª essência dos
elementos.


É um elemento que desagrega e separa a substancia etérea ao mesmo
tempo em que estabiliza um padrão que pode ser de origem mental ou
conciêncial. Sendo a 5ª essência, equivale, portanto, ao plano mental
de quem o esta manipulando, constituindo um excelente veículo na
composição de medicamentos principalmente homeopáticos e outros.


Na Umbanda, cujos Orixás constituem a consciência Divina dos elementos
planetários e suas egrégoras somatizadas, observamos uma constante
transmutação entre um elemento e outro e uma integração entre “vida e
morte”, ou melhor, transferência de uma dimensão para outra em
diversos estágios de tempo.


No trabalho em Templos Umbandistas, eles aceleram o processo,
extraindo essências de ervas, das flores e também das pessoas,
tocando, repondo, transferindo e transmutando para um padrão elevado
de acordo com o padrão mental das pessoas que buscam auxílio e dos que
dirigem o ritual.


Já, nos trabalhos da esquerda (quimbanda), os elementos são mais
densos e compactos, exigindo muito esforço para transmutar e extrair
fluidos. Por isso é preciso saturar o ambiente utilizando o éter ou
álcool para romper e movimentar os elementos astrais agregados.


Os processos de magias e formas pensamentos de baixa vibração, muitas
vezes são sustentados por poderosos regentes do plano astral inferior
e mantidos por pessoas possuidoras de ódios, sentimentos de vingança,
inveja, etc.


No entanto, para desfazer e desagregar esses processos torna-se
necessário utilizar os mesmo elementos usados para agregar. Porém, há
variações em termos de quantidade, dependendo do poder mental e
acessória espiritual de quem se predispor a inverter estes processos.


É preciso entender que os seres evocados para realizar a magia atuam
como elementos neutros. Quanto à intenção, atendem ao poder mental de
quem os solicita, ocupando uma faixa de freqüência baixa com seres do
astral inferior, que aproveitam tudo o que venha a sustentar seu meio
de ação.


No caso da utilização da bebida alcoólica, os Regentes da Quimbanda
utilizam tanto para agregar como para desagregar substancias e formas
astrais, como também formas pensamentos de origem inferior, pois estes
são imediatamente atraídas pelas substancias etéreas contidas no
álcool.. Cabe aos Regentes da Luz, utilizar elementos de natureza
superior para elevar estas freqüências e eliminar as tendências
negativas de cada caso.


De qualquer forma o éter extraído do álcool, também é um elemento
neutro que se torna poderoso agente quando submetido às forças do
pensamento que atrai esses agentes do plano astral.


Quando uma entidade espiritual ou Orixá é invocado, sintoniza com as
intenções mentais e sentimentais dos envolvidos, atraindo para o seu
centro de força, todo tipo de miasmas e larvas astrais..


Para centralizar as intenções para o bem, precisa movimentar o éter
extraindo dos elementos por eles solicitados visando controlar estes
seres inconscientes, em certos casos eliminá-los completamente, no
caso de desmanche de magias.


O álcool, por ser um agente poderoso quando ativado deve ser usado com
parcimônia. Nunca além do necessário, pois, pode levar a inconsciência
se usado com excesso. De qualquer forma é prudente evitar oferecer
qualquer bebida alcoólica antes de ser solicitada pela direção de um
Guia Espiritual, um Exu ou Pomba Gira de Lei, para evitar a invasão de
forças indesejáveis de ambientes impregnados. Dirigido por uma
Entidade Espiritual responsável, haverá um direcionamento correto,
visando o fim desejado, pois, o mesmo agirá dentro da Lei Maior que
representa.


Outro fator é que ao se submeterem ao contato com a nossa dimensão,
estas entidades usam as energias do seu próprio campo de forças para
interagir com o campo mental e intencional dos seres humanos e, para
manterem seus corpos espirituais de manifestação. Corpos astrais,
Etéricos e Mentais, precisam repor suas energias, por isso são
solicitadas as oferendas que inclui um catalisador, no caso de Exu a
pinga e da Pomba Gira a Sidra (não utilizar o champanhe; deve ser a
sidra, pois é feita de maçãs), liberando o éter para facilitar a
reconstituição dos mesmos.


Quanto à ingestão de bebidas pelos médiuns, a princípio deve ser
evitada ao máximo, a não ser que a entidade atuante em caso de
desmanche de magias muitos fortes, tenha que limpar fluidos absorvidos
pelos chacras do médium, atingindo seus órgãos internos, no entanto
sem desmandos desnecessários, bastando somente um ou outro pequeno
gole, que já bastará para acionar o éter alcoólico necessário
manipulação energética e magística.


No entanto o Sacerdote Umbandista pode usar outros meios e elementos
ritualísticos para efetuar essa “limpeza”, evitando ao máximo a
ingestão de bebida alcoólica.


A utilização de bebidas alcoólicas deve ser realizada de forma
discreta e longe do público externo para evitar interferências de
pessoas despreparadas mentalmente.


A Sidra, produto da maçã, simboliza a força sexual do Éden. A porta do
Éden é o sexo; o Éden é o próprio sexo. Para o indigno, todas as
portas estão fechadas, menos a do arrependimento. No Éden, pode-se
entrar por uma única porta, a porta por onde saiu. O homem saiu do
“paraíso” pela porta do sexo e só por essa porta conseguirá entrar no
paraíso. Na união do falo e do útero estão encerrados os grandes
segredos do fogo da vida. As grandes melodias do fogo universal
ressoam nos recantos inefáveis do Éden.


O elemental da macieira possui imensos poderes ígneos que fasquiam na
aura de todos os que dela fazem uso. Àqueles que caminham pela rochosa
senda das abrasadoras chamas do sexo desarvorado e viciante,
encontrarão na macieira um poderoso aliado elemental que os auxiliará
no reequilíbrio.


Com o elemental da macieira pode-se livrar de muitos perigos e
inclusive arrumar muitos lares.


Vejam então, em poucas linhas, a importância e o porquê da maçã, fruta
ígnea, incandescente do desejo, não somente pela fruta, mas sim pelo
elemental responsável por essa árvore. Entenderemos então, o porque da
utilização da sidra aliando a maçã com o álcool (explanado acima),
como bebida das Pombas Gira.

Retirado do livro: O ABC DO SERVIDOR UMBANDISTA – LIVRO DOUTRINÁRIO
SOBRE OS ASPECTOS GERAIS DA UMBANDA PARA INICIANTES – autoria: Pai
Juruá

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