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domingo, 14 de fevereiro de 2010

ARQUÉTIPO CRIANÇA - Pai Juruá



ARQUÉTIPO CRIANÇA:

Esse arquétipo representa a pureza e a inocência que nega todos os vícios
que nos arrastam para o abismo da falta de amor próprio, o egoísmo que nos
leva a negar a existência de Deus em toda a sua criação, e a ambição que nos
faz seres exclusivistas fazendo tudo para tirar proveito próprio. Com tudo
isso, perdemos em nossos íntimos, a pureza e a inocência que nos faria
conhecer o Reino de Deus dentro de nós mesmo. O arquétipo Criança, nos vem
nos concitar que devemos aprender a sermos puros e inocentes, pois só assim,
conheceremos o Reino de Deus, dentro de nós mesmos.

LINHA DAS CRIANÇAS – IBEJIS

IBE → vitalidade de energia pura
JI → potência maior

A Linha das Crianças pertence ao Poder Reinante da Espiritualização do
Divino Criador (IBEJI), e representa em suas naturezas divinas a irradiação
da Pureza e da Inocência.

Os Guias Espirituais que militam como “crianças” na Corrente Astral de
Umbanda, realmente são espíritos crianças, pois em sua evolução espiritual,
optaram por assim serem. Existe uma faixa dimensional planetária, onde os
espíritos crianças vivem. Não são crianças desencarnadas do plano terreno.
Em suas moradas espirituais, vivem como crianças, amparadas e orientadas por
espíritos simples, humildes, caridosos e amorosos de alta faixa sideral,
adultos em sua constituição espiritual. Pode parecer difícil de compreender
como podem viver espíritos crianças agregados, pois a mente humana limitada
somente entendem que podem se parecer com as crianças terrenas ignorantes no
saber, ingênuos e simplórios. Ledo engano. Suas escaladas evolutivas se dão
na faixa dimensional própria, onde sómente vivem espíritos crianças em sua
constituição espiritual. De lá, vêem em espírito, para que através da
mediunidade redentora, possam nos encitar a sermos puros e inocentes.

Vamos nos recordar também, que existe uma hierarquia angelical chamada
Querubins, composta por “anjos crianças”; são assim, por escolha e afinidade
espiritual.

Os Guias Crianças vêm nos trazer a pureza e a inocência necessárias para a
nossa espiritualização. São as manifestações do Princípio Divino, ou seja, o
Verbo Divino manifestado na Terra. Representam o ápice da nossa evolução.
Criança significa alegria, inocência e pureza, qualidades fundamentais para
quem deseja alcançar a alta espiritualidade e evoluir nela.

Lembrem-se do que Jesus disse: “Deixai vir a mim as criancinhas, porque
delas é o Reino dos Céus”. Com isso Jesus quis dizer que somente o dia que
nos tornarmos puros e inocentes, conseguiremos galgar a mais alta
espiritualidade.

Assim são os Guias Crianças.

Para entendermos um pouco melhor a questão da manifestação de espíritos
Crianças na Umbanda, e estes mesmos espíritos não serem crianças humanas
recém-desencarnadas, lançamos mão do Livro dos Espíritos de Allan Kardec.

Um Guia Espiritual Criança jamais poderia ser o de uma criança desencarnada,
pois o que um espírito assim poderia nos auxiliar? O que uma criança
recém-desencarnada poderia nos oferecer de orientações, auxilio, desmanche
de magias negras, curas, etc.? Pensem e repensem no assunto.

Se a crença na manifestação mediúnica de espíritos de Crianças
recém-desencarnadas persistir, corremos o risco de sempre presenciar um
trabalho infantil, sem nexo, com brincadeiras de mal gosto, sem proveito
nenhum a não ser dar boas risadas das brincadeiras presenciadas. Com certeza
nesse momento estará “incorporado” a Criança “eu mesmo”, pois o médium
anímico exteriorizara sua criança interior, atulhada de mal gosto,
má-criação, esparrames, sujeiras, o que até nossos filhos encarnados não
fazem, pois com certeza são mais educados. Entendamos:

Questão 381, de O Livro dos espíritos, em que Kardec assim pergunta:
Artigo de José M. Gonçalves Coelho

• Por morte de criança, readquiri o espírito, imediatamente, o seu
precedente vigor?

Ao que responderam os espíritos:

“Assim tem que ser, pois que se vê desembaraçado de seu invólucro corporal.
Entretanto, não readquire a anterior lucidez, senão quando se tenha
completamente separado daquele envoltório, isto é, quando mais nenhum laço
exista entre eles e o corpo”.

Esse desligamento será tanto mais rápido quanto mais elevado for o grau
evolutivo do espírito em questão. Nas crianças, o seu perispírito reflete o
estado psíquico em que se encontram. A infância não é só um estado físico –
ou, antes, perispiritual – é um estado espiritual de perturbação, muitas
vezes de semi-consciência do espírito. Quando o espírito infante desencarna,
logicamente leva consigo a perturbação que trouxe de sua infância,
permanecendo no Plano Espiritual, agindo algum tempo como criança realmente.

No livro “Materializações Luminosas”, de Rafael Ranieri, este discorre sobre
diversas reuniões de materializações de que participou, inclusive com a
presença de Chico Xavier, nas quais o espírito Araci, Guia Espiritual do
médium Francisco Peixoto Lins (Peixotinho), materializa-se sob a aparência
de uma criança de aproximadamente três anos de idade. Assim também, para sua
surpresa e satisfação, descobre que a dirigente espiritual daqueles
trabalhos de alta importância era exatamente sua filha Heleninha,
desencarnada com apenas um ano e oito meses. Por vezes, ela se apresentava
na forma infantil: noutras ocasiões, mostrava-se sob aparência adotada em
encarnação anterior, demonstrando grande domínio sobre seu perispírito.

André Luiz, em sua obra intitulada “Entre o Céu e a Terra”, psicografada por
Chico Xavier, nos conta que, em determinado momento no Plano Espiritual,
ouve uma suave melodia, ao se aproximar percebe que a música era entoada por
um coro de crianças felizes e sorridentes, em meio a paisagens de rara
beleza. Ele se encontrava no Lar da Benção – um misto de escola de
preparação para a maternidade e abrigo para espíritos que haviam
desencarnado na infância. André Luiz, então, fascinado com o que via,
questiona se haverá ali cursos primários de alfabetização; a dirigente do
educandário responde afirmativamente, pois e tratava de um “verdadeiro
estabelecimento de ensino do além”, que abrigava, na época, cerca de dois
mil espíritos desencarnados e tenra idade, que já permaneciam até reunir
condições para retornar ao plano físico, o que se dava, na maioria faz
vezes, antes que o espírito retomasse sua compleição adulta.

É certo que existem realmente colônias espirituais especificas para crianças
desencarnadas, que possuem espíritos especializados tanto no tratamento
psicológico quanto no tratamento fluídico. Com essa ajuda, as crianças vão
retornando, lentamente, consciência de si mesmas, saindo do estado infantil
que não é mais útil no Plano Espiritual, já que se encontram fora da carne.
O crescimento das crianças no Plano Espiritual está atrelado à retomada de
consciência por parte do espírito desencarnado. O que lhe permitirá plasmar
as modificações necessárias em seu corpo fluídico.

Exemplo disso encontramos na obra “Estamos no Além”, no relato mediúnico de
Sandra Regina Camargo, desencarnada aos nove anos de idade após ter padecido
durante três anos em virtude de leucemia. Menos de quatro anos após seu
desencane, na noite de 17 de janeiro de 1981, ela se comunicaria com seus
entes queridos, através de Chico Xavier, declarando:

“Saibam também que cresci. Isso aconteceu na medida de meu desejo de me
fazer pessoa grande”.

Assim também se deu com Upton, desencarnado com apenas três meses de vida.
Em carta psicografada por Chico Xavier e publicada na obra “Reencontros”,
dizia ter recobrado sua maturidade espiritual em poucos anos de regresso à
Vida Maior.

Há, portanto, espíritos que, tendo desencarnado na infância, em retorno ao
Plano Espiritual reassumem, em curtíssimo prazo, a forma adulta que tinham
antes de reencarnar ou outra apresentação perispiritual, sempre de acordo
com suas potencialidades anímicas.

Mas o espírito André Luiz, ainda na obra “Entre o Céu e a Terra”, nos afirma
que essas são exceções, pois a maioria dos seres que estagiam no planeta
terra necessitam de longo espaço de tempo e total amparo da Espiritualidade
para se desvencilharem dos impositivos da forma infantil a que se encontram
mentalmente fixados. Também são em grande número aqueles que, ao
desencarnarem precocemente, adentram o Plano Espiritual em extremo
desequilíbrio, razão pela qual são recolhidos em alas isoladas para
receberem cuidados especiais.

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Quando toda a Natureza foi formada no plano terreno, ali estavam “as
Crianças” com toda a sua pureza e inocência, auxiliando na formação de tudo
o que existe na Terra. O Espírito da Criança está presente nas pedras, nas
águas, nas matas, nas montanhas, enfim, em toda a Natureza. Por isso os
chamamos de “Espíritos da Natureza”.

A linha de trabalho das Crianças, pela ignorância de muitos umbandistas,
ainda é de difícil compreensão. Apesar de se apresentarem como crianças
espirituais que são nos trazem a pureza e a alegria contagiante,
características da idade.

As Crianças têm uma noção de justiça diferente da nossa e não sofrem as
influências emocionais que nós sofremos ao fazer qualquer julgamento. Por
serem puras, e sua justiça é também pura.

Cada Entidade que trabalha na linha das Crianças possui as características
do elemento da Natureza em que atuam.

Quando se fala sobre Guias Crianças e, principalmente, quando se tem um
problema de saúde com uma criança da família, as pessoas não hesitam em
buscar a ajuda delas.

Vamos entender o porquê muitos chamam a Linha das Crianças de Linha de Cosme
e Damião:

Os Santos Cosme e Damião:

Cosme e Damião, canonizados pela Igreja Católica, protetores das crianças e
padroeiros dos médicos e farmacêuticos, representam à esperança de muitas
pessoas de ver seus problemas solucionados, que, com toda a fé possível,
fazem seus pedidos através de promessas, de novenas ou oferendas, seja lá
qual for sua crença ou religião.

A popularidade de Cosme e Damião é realmente impressionante. Tanta fé e
devoção só poderiam resultar nisso: milhares de graças alcançadas através
deles.

Conta-nos à história que esses irmãos gêmeos eram médicos e viveram na
Sicília, às margens do Mediterrâneo, por volta do ano 283. Em suas curtas
vidas praticaram intensamente a medicina, curando pessoas e animais, sem
jamais aceitar pagamento pelos atendimentos prestados.

Ficaram muito conhecidos pelas curas realizadas e pessoas de vários locais
os procuravam em busca de alívio e conforto. A todos eles atendiam e sempre
tinham algo para oferecer, especialmente às crianças, a quem sempre
distribuíam balas e doces.

Tudo faziam em nome de Nosso Senhor Jesus Cristo. A fé e o amor a Ele
devotado eram evidentes. Como viviam no auge da perseguição aos cristãos,
foram perseguidos, torturados e decapitados aos vinte anos de idade, por
ordem do imperador romano Diocleciano. Com tudo isso, fica fácil imaginar do
porque do sincretismo com a Hierarquia Ibejí. Santos gêmeos; curadores;
cuidavam de crianças, etc.

Como a espiritualidade é sabia devido à devoção aos santos “gêmeos”, alguns
espíritos assumiram os nomes Cosme e Damião, assim também de Crispim e
Crispiniano (outros santos católicos, também gêmeos).

Devido ao sincretismo, Cosme e Damião, trazem aos trabalhos renovação e
esperança para os seres humanos. Trazem também, como já foi dito, cura para
os males do corpo e do espírito, dando proteção contínua e bênçãos extras
para as crianças humanas.

Trabalham intermediando com todos os Poderes Reinantes do Divino Criador.

QUEM É DOUM:

Sempre pairou uma imensa dúvida de quem seria Doum. Depois de exaustivas
pesquisas, encontramos a seguinte dissertativa:

“Segundo José Francisco Holwat Gusmão, vendedor de artigos de Umbanda e
Candomblé do Rio de Janeiro, Doum surgiu por coincidência.

No princípio ele vendia ervas, produtos animais e velas num tabuleiro
próximo à estação. Ao melhorar os negócios, resolveu estabelecer-se,
adquirindo as instalações de uma joalheria falida das imediações.

Em uma das vitrines, ele passou a expor os santos comemorados naquele mês.
Um garoto que trabalhava com ele, ao arrumar as imagens separadas de São
Cosme e São Damião, deixou cair uma e que se quebrou, então ele teve a idéia
de colocar a imagem restante junto a uma outra de tamanho maior.

As pessoas, que já tinham por costume chamar aos dois santos de "dois-dois",
ao verem a arrumação da vitrine, perguntavam-lhe: quem é o baixinho no meio
dos "dois-dois"? E o garoto respondia: "no meio dos dois-dois, só pode ser o
doum".

E assim as pessoas se encarregaram de perpetuar essa figura exclusiva da
Umbanda que representava uma criança.

Segundo outra versão, os negros chamavam Doum ao filho gerado e nascido
depois de um parto de gêmeos.

http://tucpa.vilabol.uol.com.br/linhas/cosme/historia.htm

Pode parecer fantasiosa esta explicação, mas também pode ser verdade. Vejam
que a espiritualidade é fabulosa, e pode ter lançado mão de um artifício
para que uma hierarquia espiritual se manifestasse de forma efetiva entre os
homens. Será que esse menino não foi manipulado pela espiritualidade para
que agisse da forma que fez? E depois de instalada a crença, o resto ficou
ao encargo da fé do povo.

Também colhemos informações com a espiritualidade, de que a crença popular
em cima de uma figura humana, faz com que essa fé seja aproveitada pela
espiritualidade, e se porventura esse ser humano cultuado nunca existiu, a
espiritualidade imediatamente coloca um espírito responsável, e a partir
daí, passa a existir como tal, e a crença e pedidos dos fiéis serão
atendidos por esta “entidade”, segundo o merecimento de cada um.

Portanto, pode ser o caso de Doum, mas, tenham certeza: foi por vontade da
espiritualidade maior e não somente uma invenção humana.

Eis aí a Linha das Crianças.

Trecho extraído do livro: "O ABC do Servidor Umbandista - autoria: Pai Juruá

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