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domingo, 6 de fevereiro de 2011

Aprendendo a Amar



Estou aprendendo a aceitar as pessoas, mesmo quando elas me desapontam, quando fogem do ideal que tenho para elas. Quando me ferem com palavras ásperas ou ações impensadas. Não é fácil aceitar as pessoas assim como são e não como eu desejaria que elas fossem.

É difícil, muito difícil, mas estou aprendendo. Estou aprendendo a amar. Estou aprendendo a escutar, escutar com os olhos e ouvidos, escutar com a alma e com todos os sentidos. Escutar o que diz o coração, o que dizem os ombros caídos, os olhos, as mãos irrequietas. Escutar a mensagem que se esconde por entre as palavras corriqueiras e superficiais, descobrir a angústia disfarçada, a insegurança mascarada, a solidão encoberta. Penetrar o sorriso fingido, a alegria simulada e a vanglória exagerada. Descobrir a dor de cada coração. Aos poucos, estou aprendendo a amar.

Estou aprendendo a perdoar, pois o amor perdoa, lança fora às mágoas e apaga as cicatrizes que a incompreensão e insensibilidade gravaram no coração ferido. O amor não alimenta mágoas com pensamentos dolorosos, não cultiva ofensas com lágrimas e autocomiseração. O amor perdoa, aquece, extingue todos os traços de dor no coração.

Passo a passo, estou aprendendo a amar e perdoar.

Estou aprendendo a descobrir o valor que se encontra dentro de cada vida, de todas as vidas, valor soterrado pela rejeição, pela falta de compreensão, carinho e aceitação, pelas experiências duras vividas ao longo dos anos.

Estou aprendendo a ver nas pessoas a sua alma e as possibilidades que Deus lhes deu. Estou aprendendo, mas como é lenta a aprendizagem. Como é difícil amar, amar como Cristo amou. Todavia, tropeçando, errando, estou aprendendo, aprendendo a pôr de lado as minhas próprias dores, meus interesses, minha ambição, meu orgulho quando estes impedem o bem-estar e a felicidade de alguém.

Como é difícil amar e até amar a mim mesmo, conheço tão bem os meus defeitos e tantas vezes me sinto rejeitado, marginalizado, isolado. No entanto, estou aprendendo a me amar com amor sadio, amor livre de egoísmo sufocante, pois como poderei amar os outros se não compreendo os meus próprios sentimentos e não valorizo a minha capacidade e os meus talentos?

Mas, graças a Deus e ao Seu infinito amor, eu estou, lentamente, aprendendo a amar.

Desejamos que todos nós aprendamos cada vez mais a nos amar como Cristo nos ensina.

Fonte:
O Jaguar | Informativo da Tenda dos Irmãos do Oriente

2 comentários:

  1. É muito lindo e intenso sem duvida, e faz-nos pensar e refletir, mas também muito difícil de pôr em prática....

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  2. Lindo,profundo,intenso e sem dúvida algo que vai para além das forças de um mortal...como esperimentar esse amor quando todo o nosso ser nos consome pela, desilsão e mágoa?

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